Que Marina quis,
exatamente, dizer com “chavismo”?
Bem, coisa boa não
foi. Chávez foi usado por ela mais ou menos como Zé Dirceu por Serra num debate
com Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo.
“Você é amigo do
Dirceu, não é?”, perguntou Serra, uma, duas vezes. Ele parecia achar que o
eleitor de São Paulo é
um fundamentalista cujo Corão é a Veja. Deu no que deu a estratégia de Serra
para derrubar Haddad à base de uma amizade.
Marina demonizar Hugo Chávez é algo
que diminui não a ele, que já entrou na história como um homem que não se
conformou em ver seu país ser tratado como quintal pelos Estados Unidos e
mudou isso com coragem, abnegação, sacrifícios e colossal integridade.
Diminui a ela, porque mostra – se
não oportunismo baixo, como foi o caso de Serra – falta de compreensão
histórica.
A Venezuela era boa, até Chávez,
para uma minúscula elite que vivia em Miami. O petróleo venezuelano acabava
fazendo coisas como asfaltar Nova York e inflar a fortuna de uns poucos nativos
— pouquíssimos, é mais apropriado.
Os chamados 99% — no caso
venezuelano, 99,99% — eram desprezados e mantidos numa pobreza abjeta
comparável à das periferias brasileiras.
Chávez acabou com isso.
Colocou os pobres no topo das
prioridades quando chegou ao poder, pelas urnas. Os recursos do petróleo
passaram a ser canalizados para os próprios venezuelanos, o que valeu a ele um
ódio sem limites – e golpista – da parte dos Estados Unidos.
Chávez chegou a ser vítima de um
golpe orquestrado pelos americanos e mais a plutocracia contrariada
venezuelana, mas dois dias depois voltou ao poder por pressão popular.
Chávez pôs foco na educação e na
saúde pública. Deu petróleo a Cuba, e em troca médicos cubanos não apenas foram
atender venezuelanos pobres que jamais tinham visto um consultório como também
passaram a lecionar em escolas de Medicina.
As urnas consagraram Chávez
repetidas vezes. Foi tamanho o impacto de Chávez na Venezuela que Caprilles, o
principal líder da oposição, assegurou que manteria os programas sociais
chavistas caso vencesse as eleições presidenciais.
No ano passado, uma pesquisa sobre
os países mais felizes do mundo colocou os venezuelanos no topo na América do
Sul. Chávez elevou a auto-estima de um povo que era invisível para seus
governantes.
Um esplêndido documentário mostra o que foi o chavismo: “A
revolução não será televisionada”. Recomendo vivamente que seja visto. Ele está
no pé deste artigo.
As cenas de devoção e tristeza do povo pobre da Venezuela em sua
morte foram extraordinariamente tocantes. Jornalistas de todo o mundo se
perguntavam: onde se veria tal comoção na morte de um líder? Na França, na
Inglaterra, nos Estados Unidos?
Pausa para rir.
No Brasil, Chávez foi submetido a um linchamento criminoso e
incessante por uma mídia que temia acima de tudo que Lula combatesse
privilégios – a começar pelos dela, mídia – com a intensidade de Chávez.
O chavismo é um marco fundamental na nova atitude dos líderes
sul-americanos diante da predação centenária dos Estados Unidos.
Se Marina não sabe disso, é ignorante. Se sabe, é uma oportunista
que está em busca dos afagos da mídia como os políticos dos quais ela diz ser
diferente. Fora dessas duas hipóteses, existe a possibilidade de que ela seja
uma mistura de ambas as coisas. (_fonte: Diário do Centro do Mundo)
¡La Revolución, sigue!
✎«No luchamos por gloria ni honores, sino por ideas de justicia.»✓ (Palavras de Fidel Castro no Parlamento cubano)☻/
/▌--> Milhares de pessoas, neste 15 de março de 2013, acompanham o cortejo que leva o corpo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, morto em 5 de março, da Academia Militar de Caracas, onde ocorreu o velório, até o Museu Histórico Militar. Os restos mortais do presidente deverão permanecer no museu até que se decida se será levado ao Panteão Nacional, enterrado em seu estado natal, Barinas, ou embalsamado e exposto em no museu <--
“Perdemos o melhor amigo
que Cuba teve.” Reflexão de Fidel Castro
No dia 5 de março, ao final da tarde, faleceu o melhor
amigo que o povo cubano já teve, ao longo da sua história. Uma chamada via
satélite comunicou a amarga notícia. O significado da frase empregada era
inconfundível. Ainda que conhecêssemos o estado crítico da sua saúde, a notícia nos golpeou com força. Eu
recordava das vezes em que brincou comigo, dizendo que quando ambos tivéssemos
concluído a nossa tarefa revolucionária, me convidaria a passear pelo rio
Arauca, em território venezuelano, que o fazia lembrar-se do descanso que nunca
teve.
Cabe a nós a honra de ter compartido com o líder
bolivariano os mesmos ideais de justiça social e de apoio aos explorados. Os
pobres são os pobres em qualquer parte do mundo.
“Dê-me, Venezuela, em que servir-lhe:
ela tem em mim um filho”, proclamou o
Herói Nacional e Apóstolo da nossa independência, José Martí, um viajante que,
sem limpar-se do pó do caminho, perguntou onde estava a estátua de Bolívar.
Martí conheceu o monstro porque viveu em suas entranhas. É
possível ignorar as profundas palavras que verteu em carta inconclusa ao seu
amigo Manuel Mercado, na véspera da sua queda em combate? “... já estou todos os dias em
perigo de dar a minha vida por meu país, e por meu dever – posto que o entendo
e tenho ânimo com que realizá-lo – de impedir a tempo, com a independência de
Cuba, que se estendam pelas Antilhas os Estados Unidos, e caiam, com mais essa
força, sobre as nossas terras da América. O quanto fiz até hoje, e farei, é
para isso. Em silêncio, teve que ser, e indiretamente, porque há coisas que,
para consegui-las, têm de andar ocultas ...”
Havia passado então 66 anos desde que o Libertador Simón
Bolívar escreveu: “... os
Estados Unidos parecem destinados pela Providência a infestar a América de
misérias em nome da Liberdade”.
Em 23 de janeiro de 1959, 22 dias depois do triunfo
revolucionário em Cuba, visitei a Venezuela para agradecer ao seu povo, e ao
governo que assumiu o poder depois da ditadura de Pérez Jiménez, pelo envio de
150 fuzis, no final de 1958. Disse, então:
“…a Venezuela é a pátria do
Libertador, onde se concebeu a ideia de união dos povos da América. Logo, a
Venezuela deve ser o país líder da união entre os povos da América; nós cubanos
respaldamos nossos irmãos da Venezuela."
Falei
destas ideias não porque me move alguma ambição de tipo pessoal, ou sequer uma
ambição de glória, porque, ao fim e ao cabo, a ambição por glória não deixa de
ser uma vaidade, e como disse Martí: "Toda a glória do mundo cabe
em um grão de milho.”
“Assim
que, portanto, ao vir falar assim ao povo da Venezuela, o faço pensando honrada
e profundamente, que se queremos salvar a América, se queremos salvar a
liberdade de cada uma das nossas sociedades, que, ao fim e ao cabo, são parte
de uma grande sociedade, que é a sociedade da América Latina; se queremos mesmo
salvar a revolução de Cuba, a revolução da Venezuela e a revolução de todos os
países do nosso continente, temos que aproximar-nos e temos que respaldarmo-nos
solidamente, porque sozinhos e divididos, fracassamos.”
Isso disse
naquele dia, e hoje, 54 anos depois, o ratifico!
Devo
apenas incluir naquela lista aos demais povos do mundo que, durante mais de
meio século, têm sido vítimas da exploração e do saque. Essa foi a luta de Hugo
Chávez. Nem sequer ele próprio suspeitava quão grande era.
Até a
vitória, sempre, inesquecível amigo!
Fidel
Castro Ruz, em 11 de março de 2013.
Tradução:
Moara Crivelente/Vermelho.
*Fonte: solidários
na luta contra o bloqueio midiático
Ajudemos, companheirada amiga, a
DESconstruir a falsa imagem que o "PiG" planta e os DESavisados disseminam!
Ser ¡Voz!
Ser ¡Voz!
↔
Ojo:
_Unicef: Cuba é o único país latino
americano sem desnutrição infantil;
_ONU: Cuba é o único país da América
Latina sem problemas com drogas;
_Unesco: Escolarização primária em
Cuba: 100% - Secundária: 99%;
_The Guardian: Cuba possui mais
médicos do que a Inglaterra, com uma população menor;
_Amnistia Internacional: Cuba é o país
da América Latina que menos viola os direitos humanos;
_WWF: Cuba é o único país do mundo com
economia sustentável.
.....e ainda assim: "sofrendo
torpe embargo!" BASTA!!!
A revolução não será televisionada - O golpe na Venezuela
Documentário
de Kim Bartley e Donnacha O'Briainsobre sobre o golpe ocorrido na Venezuela em
abril de 2002. O golpe foi consumado, pois não houve resistência de Chaves que
foi preso. Mas as manifestações e o apoio de militares fiéis ao país
enfraqueceram os golpistas, e Chaves retornou ao governo. Participação clara da
midia privada, empresários e militares oposicionistas no golpe, além de
declarações do governo americano de apoio ao golpe na Venezuela.
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