Livro III da Trilogia de Gláucia Lima, teve lançamento no Centro de Cultura de Trairi no sábado, 7 de junho de 2025.
Confraternização de
encantos
No final da tarde e início
de noite do dia 7 de junho de 2025, a cidade de Trairi, no Vale do Curu,
experimentou um momento exclusivo. Sob a brisa do rio, em formato de alagamar,
testemunhado pelo infinito coqueiral, Gláucia Lima lançou, em primeira mão, o
livro Sonho - Uma Magia da Grande Arte, fechando a trilogia
transcendental que inclui: Sonho - Uma Percepção da Verdade (I) e Sonho
- Uma Ponte do Consolador (II).
_Atualizado em
09/06/2025
Momento inédito para o
município, afeito a poesias, culinária e histórias infantis. Dessa vez, uma
leitura chamativa para o diálogo, característica da autora. Afinal, predomina
em sua escrita a particularidade da resistência, diante dos seus relatos sobre
os momentos marcantes da vida feminina e dos desafios que rementem ao
enfrentamento comum.
Gláucia não é psicóloga, é
professora, mas quando decide escrever encarna, digamos, uma “Nise da Silveira”
em sua busca pela cura. Discorre sobre um acontecimento pessoal, ou uma
problemática, sua ou não, e dialoga com o leitor, convidando-o para o enfrentamento.
Digamos que, dentro da expressão peculiar das mulheres, desde as suas raízes
familiares, encara o medo com uma série de alternativas, sendo a arte o seu
ponto fundamental.
Foi dentro dessa mística
das mulheres que se concretizou o debate e apresentações o foyer do Centro de
Cultura de Trairi, um espaço de fomento da tradição de um povo que traz consigo
raízes de três séculos de povoamento e de miscigenação.
A autora, que possui
projetos socias no município, contou com a organização do coletivo local, Últera,
regozijando os presentes com pastoril, dança do ventre, cantos e expondo os
seus trabalhos artísticos (cerâmica, origem indígena), fotografias, documentário,
sem faltar a roda de conversas, uma tradição da ONG criada por Gláucia Lima,
Instituto Tonny Ítalo, em fase instalação da sede local.
Histórico do Centro
de Cultura
Documentário | Dona
MARIA FURTADO DE MENDONÇA
A área compreendida do
Centro de Cultura encontra-se na ribeira do Rio Trairi, centro da cidade, em
direção ao balneário Carrapicho. Pertencia ao agricultor e comerciante Edgar de
Oliveira Castro (Edgar Maneco), descendente da fundadora da sede, Dona Maria
Furtado de Mendonça, a mesma que mandou erguer, em 1725, a capela, atual Igreja
de Nossa Senhora do Livramento.
Por volta de 1973, a vendeu
para o então pároco, Padre Tomás Feliu Amengual, que tomou posse em 29 de junho
de 1970. Afinal, o grande projeto social do jesuíta espanhol foi a Comunidade
de Padre Anchieta, que de fato logo surgiu, com moradias e trabalho
comunitário. E em seguida, a Comunidade Educacional Padre Anchieta (Cepan),
inaugurada, em sua primeira parte, em 1975, ao lado da “Casa Nova” do padre.
Paralelamente, o prefeito Manoel Barroso Neto e o governador inauguraram a Av.
Cesar Cals, endereço da Cepan, que cedeu parte do terreno ao Estado. Mas se fez
justiça e o nome do logradouro, naquela região, foi trocado para Av. Padre
Tomás Feliu Amengual.
O projeto do Centro de
Cultura, teve início em 2013, quando a Tractebel Energia, empresa francesa de
energia solar pertencente à Engie (com sede no Brasil em Santa Catarina),
sabedora que a Cepan possuía as exigências legais, e dadas as condições
excepcionais da localização, propôs ao então presidente da entidade
educacional, João Batista Santiago, a construção do espaço. E, aprovado o
convênio internamente, deu-se o início das obras em 2021, quando a Engie havia
assumido a gestão no Ceará. Após várias paradas por falta de recursos, foi
inaugurado em 2024 em meio à conclusão do calçadão beira-rio do Polo do
Carrapicho, um sonho desejado por Padre Tomás há 50 anos.
Destaque-se que foi dela a
publicação do livro/álbum “Trairi, a vida e o saber de um povo” (Carolina
Coral), de 2014, através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da
Cultura. Obra de rica qualidade gráfica que resgata, com registros fotográficos
e de personalidades locais, o histórico do município, destacando-se as suas
tradições. Está presente em todas as bibliotecas públicas locais e de
Fortaleza.
Dedicatória e
Agradecimentos
Humildade,
fraternidade e gratidão
O Instituto Tonny Ítalo
(InsTI) agradece não apenas à gentileza pela recepção, ao carinho de um povo
tão atencioso, mas também pela aprendizagem. Estar presente, conhecer,
testemunhar modelos de gerenciamento e fomento à cultura do Centro de Cultura
de Trairi, foi um privilégio. E assim a certeza de que usaremos a experiência
em suas ações.
Não podemos esquecer de
todas, todes e de todos que fazem o InsTI, de nossos colaboradores
(colaboradoras, em sua maioria) que nos apoiaram com o carinho de sempre. Cada um
e cada uma tem sua importância em cada ação que, neste caso, tem sua renda
revertida para apoio a seus projetos socioculturais.
Lembrando o nosso propósito
de levar a cultura para as pessoas mais humildes, nós que, enquanto entidade
sem fins lucrativos, continuaremos incansavelmente levando o amor e o sorriso
para as crianças, para os carentes, seja de Itaitinga (nossa matriz), seja da
capital (Fortaleza), seja de Trairi. Estaremos sempre com um livro na mão.
Pastoril na abertura com
crianças e Kanine Sousa
Dança do Ventre cigana com
Mel Rayzel
_Texto: J. Lucas Jr. - memorialista, escritor, coordenador da Biblioteca Comunitária do InsTI - Poeta Arievaldo Vianna. @acervo_lucas
Contato com autora:
@glaucialima
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Chave Pix: CNPJ do InsTI |
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