domingo, 29 de dezembro de 2013

Fórum de Mulheres no Fisco - Lançado o FMFi

Lançamento marcado pelo debate e pela Arte 
FMFi – Fórum de Mulheres no Fisco
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Por um mundo onde sejamos socialmente iguais,
humanamente diferentes e
totalmente livres.” Rosa de Luxemburgo

A sociedade brasileira em geral e a nordestina, em particular, se caracterizam por forte sentimento machista, predominante socialmente. Porém, é nesse universo que o movimento de mulheres impulsiona a luta pela libertação dos escravos no Ceará (primeiro Estado no Brasil a libertar seus escravos), fato pouco, ou quase não mencionado em livros. A cearense Rachel de Queiroz escreve O Quinze. Escritora de destaque na ficção social nordestina, foi a primeira Mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. A Lei Maria da Penha nasce a partir da luta de uma mulher cearense, cujo próprio nome a batizou. Durante muito tempo foi tomando corpo o desejo de fazer algo para reverter esta realidade no universo onde atuamos e, que partisse das mentes femininas. Tal se revelaria autêntico e ao mesmo tempo original, porque manifestaria o sentimento e a vontade de transformar o modelo vigente. A partir de uma avaliação acerca das possibilidades de criação de algo com identidade própria – um grupo, por exemplo – reunindo inicialmente simpatizantes da ideia, para depois incorporar outros elementos que contribuíssem para o fortalecimento do projeto e do grupo.

Mesa de abertura
Favoráveis a um movimento social com autonomia. Cuidando em preservar seus ideais na sociedade. Assim nasce o FMFI – Fórum de Mulheres no Fisco.

Estabelecido o princípio e demarcadas as ações, o movimento Mulheres no Fisco, em seus primeiros passos, elabora proposta do FMFi, determinante para ações e atitudes a serem tomadas para dar corpo e visibilidade à proposta original. Mulheres no Fisco está nas redes sociais. Mulheres no Fisco ultrapassa fronteiras geográficas e funcionais (participa de Evento Internacional em Cuba (janeiro de 20013). Mulheres no Fisco, colocando a Mulher no centro das atenções, define suas bandeiras e cria seu Fórum. Assim como é mais fácil aceitar a história que envolve as questões de ordem da criação do homem para comodamente não precisar questionar tais origens, bem mais complexas, que remontam há milhares de anos, nos acomodamos com a fácil criação do barro de Adão e Eva de apenas seis mil anos. Mulheres no Fisco, em breve contextualização, aborda movimentos históricos na humanidade que justificam e credenciam suas ações.
Nada causa mais horror à ordem do que mulheres que lutam e sonham!” José Martí

Luca Vianni lê o Manifesto do Fórum 
O Vietnã após derrotar França em 54 se prepara para enfrentar e derrotar o maior exército do mundo, o americano. Isto entre os anos 1964 e 1974. Parece que os países ex-coloniais criavam o movimento dos “não-alinhados”!
O mundo árabe começa a se mexer. Enquanto isso, em 1959, a Revolução Cubana declara a igualdade de homens e mulheres. O mito “Che” se espalha pelo mundo. Nascia em 1963-1964 a Teologia da Libertação, pós-Concílio Vaticano II, negando apoio a exploradores, opressores, colonizadores e senhores da guerra. Começa-se a falar em Libertação dos Oprimidos. O Mundo Ocidental é balançado. Costumes tradicionais são contestados em vários matizes. O modo jovem entra em cena com Woodsttock, Beatles, Black Power, Panteras Negras, Hippies etc.

Mulheres americanas e europeias descobrem a pílula, as dos países de Terceiro Mundo, as armas, nas guerrilhas que explodem por vários cantos da América Latina, lado a lado com os homens, contra ditaduras e opressões diversas impostas.
Estudantes em todo Planeta se erguem em barricadas, tomam ruas em protestos e falam de Revolução e Amor.

Revolução Social e Sexual. As feministas, em manifestações, falam de “mística feminina” e sutiãs são queimados nas praças públicas. Neste caldeirão cultural, em 1969 se retoma a ideia do Dia Internacional de Mulher. Movimentos e Marchas de Mulheres em verdadeira efervescência pelo Mundo.
Mulheres do Fisco surge no ambiente da Sefaz/CE, instituição marcada por maior presença masculina – o que denota o grau de dificuldade para efetivar a criação de um grupo com ideal de equidade.
Mulheres no Fisco surgiu questionando as mesmas questões, ditas “periféricas”, de sempre. (Mesmo tendo em seus quadros, valorosas Mulheres chefiando ou administrando, num país onde, hoje, é governado por uma Mulher, autoridade máxima do Brasil, Dilma Rousseff... etc e tal)
Empreender ações visando estimular colegas homens a compreender o valor intrínseco da mulher como ator social e agente político, igualmente capacitada para contribuir na construção de uma nova sociedade, é o fator determinante da proposta. Também existe o entendimento segundo o qual é possível a ação conjunta de homens e mulheres atuando nos mesmos moldes e patamar de igualdade. Esse princípio norteou a criação do FMFi – Fórum de Mulheres no Fisco.
Nesse clima, surgiram matrizes de ação (colocando a mulher no centro ou cerne das questões) e juntando-se às questões de preocupações sociais em defesa das minorias, mulheres e homens ligados ao fisco se “insurgem”. 
E, em harmonia de pensamento, o de Autonomia e Luta, conjuntamente com outra categoria, marcadamente pela presença masculina, a da categoria bancária, temos na AFBNB - Associação dos Funcionários do BNB, na pessoa de sua presidente (única Mulher, numa composição de diretoria de 17 homens), a primeira entidade a abraçar a causa. Juntamente com a única diretora mulher no colegiado do Sindicato dos Fazendários/CE, SINTAF. 
A opressão do homem pelo homem iniciou-se com a opressão da mulher pelo homem.” Karl Mark
Plenária atenta à apresentação do Coral
Mulheres no Fisco chega fazendo coro com vozes que pedem, basta: à discriminação sexista, de calar a opinião que “coisas de mulher” são menos importantes. Assim como sofrem discriminação os mais pobres, os índios, os negros, os com limitações físicas ou mentais, os homoafetivos, as solteiras com filhos, assim são as questões periféricas para o seio dessas categorias, no trabalho. E acabamos por reproduzir um discurso “pechoso e machista”, acomodadas à ideia de “boa vizinhança” para que tudo fique bem. Para quem?
A luta feminina tira força da luta principal?
Na nova ordem mundial, corremos em busca do prejuízo e não é reproduzindo atitudes comprovadamente falhas que poderemos minimizar este abismo. Mas, superando preconceitos e agindo com humanismo e tolerância, com ternura e carinho, sem fugir à luta no trabalho, na saúde e na não violência, na política e nos esportes, na cultura e nas artes. Cuidando, zelando e atuando de forma holística, integrada ao meio ambiente, dos seres trabalhadores, auditores, bancários, fiscais, educadores, profissionais liberais, servidores públicos e privados, ativos e aposentados.
Membros do Fórum de Mulheres no Fisco:
Mª de Lourdes - Silvinha - Gláucia - Ana Maria
Mulheres no Fisco, em sua auto-organização, intenciona de forma autônoma, garantir independência sindical e político partidária. Onde, inserida às questões na sociedade, se dispõe a contribuir, na luta pela unidade em prol de tantas minorias. O mundo, a sociedade, a família mudou. Faz-se necessária nova via, nova visão, nova postura ou cultura em nosso seio, na nossa sociedade funcional, afinal, somos todos membros de um mesmo corpo, corpo FMFi.

Lugar de mulher? É onde ela quiser!” Mulheres no Fisco

*Texto: Gláucia Lima – membro/idealizadora do FMFi – Mulheres no Fisco

Lançado o Fórum de Mulheres no Fisco - FMFi

Favoráveis a um movimento social com autonomia. Cuidando em preservar seus ideais na sociedade. Assim nasce o FMFI – Fórum de Mulheres no Fisco.
Mesa de abertura: Ângelo (SINTAF) - Elenilda (Fundação SINTAF)
Ana Maria e Gláucia (FMFi) - Rita Josina (AFBNB) -
Mariazinha (AAFEC) - Membros do Fórum e Entidades apoiadoras
“Em busca da Equidade”, este foi o tema principal com que foi laçado na quinta-feira (31) o Fórum de Mulheres no Fisco – FMF, com a proposta de refletir sobre a mulher no trabalho, na política, nos esportes, na cultura e nas artes, nos projetos sociais, além da preocupação com sua saúde, segurança, seus direitos, sua qualidade de vida e sua interação com o meio ambiente, dentre outros temas.
Amplo debate visando estimular a sociedade a compreender o valor intrínseco da mulher como ator social e agente político, igualmente capacitada para contribuir na construção de uma nova sociedade, através da ação conjunta de homens e mulheres atuando nos mesmos moldes e patamares de igualdade. Temas universais como racismo, bulling, assédio mora, homofobia, credo entre outros também são tratados pelo Fórum.
Aparecida Silvino regendo o Coral

Coral d@s Fazendári@s, regido pela maestrina Aparecida Silvinono, abriu o evento, que também foi abrilhantado pelo poeta e cordelista Arievaldo Viana brindando o Fórum com um cordel de sua autoria sobre o tema. Logo após houve a projeção de slides que ilustraram a leitura do Manifesto de Mulheres no Fisco - por Luca Vianni. 
"Uma das Lutas é desfazer a 
ideia de fragilidade e associá-la 
ao poder!"
 (da projeção)
Professora Pós-doutora, Coordenadora do NEGIF/UFC (Núcleo de Estudos e Pesquisas de Gênero, Idade e Família da Universidade Federal do Ceará), Celescina de Maria Veras Sales, conferiu palestra a cerca do tema principal: “Em busca da Equidade”. Ao final, os presentes foram agraciados com um coquetel e as apresentações do grupo musical Fulô de Fulô de Araçá (composto só de mulheres), e os artistas Zé do Norte (marido de uma Mulher no Fisco) e Luciano Franco.
Arievaldo nos brinda com o "Mulheres no Fisco em Cordel"
O evento contou com a presença de representantes das entidades apoiadoras do evento, além de representantes da AAFEC, Cafaz e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do CE.
O lançamento do FMFi - Fórum de Mulheres no Fisco foi uma realização do “Mulheres no Fisco” com o apoio do 
Sintaf Ceará, da Fundação Sintaf, da Afbnb e do Sindfazenda.
“Mulheres no Fisco, no fisco da Vida, no Fisco da Sustentabilidade, no fisco das Artes e da Cultura, no fisco dos Seres no Planeta, no fisco dos Direitos de Cidadania, no fisco da educação, Saúde e Segurança, e, até, no fisco dos Tributos e sua aplicação.
“Lugar de mulher? É onde ela quiser!” Mulheres No Fisco 

MULHERES NO FISCO EM CORDEL
 Arievaldo Viana
Como poeta matuto
Da terra de São Francisco
Penso rimas, traço trovas,
Mas sempre mudando o disco
Em busca de novidade
Quero falar de EQUIDADE
Para as Mulheres no Fisco.

Esse movimento cresce
Pelas redes sociais
Muitas mulheres lutando
Pelos direitos iguais
Nas lutas do dia-a-dia
Respeito e cidadania
Nos campos e capitais.

Dizem que o Nordestino
E povo bom e bairrista
O Nordeste sempre foi
Um celeiro de artista
Mas nossa sociedade
Ainda é, na verdade,
Um tanto quanto machista.

Companheira, não desista
De buscar seus ideais
De travar o bom combate
Nessas lutas sociais
Defendendo o seu direito
Combatendo o preconceito
Pelos direitos iguais.

Para a mulher que batalha
Preconceito não assusta
Ao vencer essas barreiras
É que sabe o quanto custa
Lutar pela equidade
Na nossa sociedade
Emancipada e mais justa.

Nesse momento de luta
Agora vamos lembrar
A Rosa de Luxemburgo
Uma mulher exemplar
Lembro Chiquinha Gonzaga,
Coralina e a bela saga
De Bárbara de Alencar.

Lembro Anita Garibaldi
E a Jovita Feitosa
Ana Néri e outras mais
Na luta vitoriosa
Da mulher por seu espaço
Vencendo todo embaraço
De maneira gloriosa.

Parabéns a Gláucia Lima
E às suas companheiras
Combativas, aguerridas
Lutadoras verdadeiras
Busquem sempre a sua meta.
Um abraço do poeta
Às mulheres brasileiras.

A fazer mais um repente
Nesse momento me arrisco
Poeta é um sonhador
E a musa é seu aprisco
Retorno de novo ao tema
As musas deste poema
São as MULHERES NO FISCO.

Arievaldo Viana, 31 de outubro de 2013

Resumo do Lançamento do Fórum de Mulheres no Fisco em Vídeo - Lançamento marcado pelo debate e pela Arte
Arte, Evento e Reuniões. Membros, Participantes e Organização do FMFi

Galeria de fotos do lançamento no facebook de: 

https://www.facebook.com/mulheresnofisco3914/media_set?set=a.318767604931143.1073741834.100003937175994&type=3
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