sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dilma defende combate ao racismo e à homofobia em discurso na ONU

Dilma Rousseff (PT) discursou na abertura na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, e foi muito aplaudida por uma plenária lotada.
Ao lado do desenvolvimento sustentável e da paz, a ordem internacional que buscamos construir funda-se em valores. Entre eles, destacam-se o combate a todo o tipo de discriminação e exclusão.” Dilma
A presidenta Dilma Rousseff defendeu (24/set./2014), em discurso na abertura da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o combate ao racismo, à homofobia e às desigualdades entre homens e mulheres.
Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais.”, acrescentou.
Destaques do que Dilma disse:
Governo manteve a solidez fiscal diante da crise e "continuou a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura".
"Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa", disse.
"Resistimos às suas piores consequências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento", afirmou.
Seu governo assumiu a responsabilidade" de combater a corrupção no país e destacou avanços sociais dos "últimos 12 anos", de governo do PT.
"A história mostra que só existe uma maneira correta e eficiente de combater a corrupção: o fim da impunidade com o fortalecimento das instituições que fiscalizam, investigam e punem atos de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. Essa é a responsabilidade de cada governo. Responsabilidade que nós assumimos, ao fortalecer nossas instituições", completou, em referência ao trabalho feito pela Polícia Federal.
Dilma defende combate ao racismo e à homofobia em discurso na ONU

União gay
Tocando em um tema sensível da campanha no Brasil, a presidente destacou que a Suprema Corte "reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis daí decorrentes".
Segundo ela, os direitos fundamentais "devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização, tanto no plano interno como internacional". Dilma abriu seu discurso destacando a construção, "nos últimos 12 anos" do governo PT, de uma "sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades".

Igualdade racial
Dilma disse que a promoção da igualdade racial no Brasil é uma forma de compensar os séculos de escravidão a que os negros foram submetidos e que a miscigenação é um orgulho para os brasileiros.
O racismo, mais que um crime inafiançável, é uma mancha que não hesitamos em combater, punir e erradicar. O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as mulheres e os negros, os afro-brasileiros, temos também contra a homofobia”, disse a presidenta, ao citar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização tanto no plano interno como no plano internacional”, acrescentou.
Durante o discurso, em que falou principalmente de economia e questões internacionais, Dilma também defendeu um novo modelo de governança da internet para garantir o respeito aos direitos humanos nos mundos real e virtual.

Internet - liberdade de expressão, privacidade, neutralidade da rede, e diversidade cultural
Em setembro de 2013, propus aqui, no debate geral, a criação de um marco civil para a governança e o uso da Internet com base nos princípios da liberdade de expressão, da privacidade, da neutralidade da rede e da diversidade cultural. Noto, com satisfação, que a comunidade internacional tem se mobilizado, desde então, para aprimorar a atual arquitetura de governança da internet”, avaliou.
Dilma também falou sobre as negociações para um novo acordo global sobre o combate às mudanças climáticas e voltou a defender um texto “equilibrado, justo e eficaz” e com graus diferentes de responsabilidades para países ricos e nações em desenvolvidos.
Esperamos que os países desenvolvidos, que têm a obrigação não só legal, mas também política e moral de liderar pelo exemplo, demonstrem de modo inequívoco e concreto seu compromisso de combater esse mal que aflige a todos nós”, cobrou. A presidenta defendeu a criação de mecanismos de desenvolvimento e transferência de tecnologias limpas, principalmente em favor dos países mais pobres.


"Há poucos dias, a FAO (órgão da ONU para a alimentação e a agricultura) informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra", disse.

Síria
Apesar de não condenar diretamente os ataques dos EUA e seus aliados à milícia radical Estado Islâmico (EI) na Síria, iniciados há três dias, a presidente disse que o "uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos".
"A cada intervenção militar não caminhamos para a paz, mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos", disse.

_Fonte diversas e principalmente: América Economia Brasil/Politica e Sociedade

Íntegra do discurso da Presidente Dilma na ONU



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