"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela
cor da sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as
pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a
amar." Nelson Mandela (18/07/1918 - 05/12/2013)
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"Perdoem, mas não esqueçam jamais" Mandela |
Nelson Mandela, Líder sul-africano que implodiu o apartheid: foi capaz de mudar o mundo ao lutar por uma ideia, mesmo com as circunstâncias conspirando contra ela...
Numa espetacular sina, Nelson Mandela foi quebrando barreiras e, passou a ser, não como que empurrado pelo destino, mas, com muita luta, pioneiro em diversas fases da vida. Aos 7 anos, entrou na escola e se tornou o primeiro membro da família a ser alfabetizado. Foi o primeiro de Cabo Oriental a entrar na universidade (matriculou-se no curso de Direito) e, já formado, o primeiro a trabalhar em uma firma de advocacia. Foi eleito o primeiro presidente negro da história da África do Sul. Reforçando a sina de ser um pioneiro, também foi o primeiro Homem do Século, ainda em vida, escolhido em seu país.
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1º Presidente Negro da África do Sul Eleito na primeira eleição democrática do país |
“Verdadeiros líderes devem estar preparados para sacrificar tudo pela liberdade de seu povo.” Mandela
Nelson Rolihlahla Mandela 18/07/1918 é
advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul (1994 a 1999),
considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio
Nobel da Paz de 1993, e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.
Até 2009 havia
dedicado 67 anos de sua vida a serviço da humanidade - como advogado dos
direitos humanos e prisioneiro de consciência, até tornar-se o primeiro
presidente da África do Sul livre, razão pela qual em sua homenagem a ONU
instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, como
forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela
democracia.
Nascido numa
família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente
viria a ocupar cargo de chefia, abandonou este destino aos 23 anos ao seguir
para a capital Joanesburgo e iniciar atuação política. Passando do interior
rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na
capital e líder da resistência não-violenta da juventude em luta, acabando como
réu em um infame julgamento por traição, foragido da polícia e o prisioneiro
mais famoso do mundo, após o qual veio a se tornar o político mais galardoado
em vida, responsável pela refundação de seu país - em moldes de aceitar uma
sociedade multiétnica. A figura do ser humano que enfrentou dramas
pessoais e permaneceu fiel ao dever de conduzir seu país, suprimiu todos os
aspectos negativos.
Foi o mais poderoso
símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista
oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. No dizer de Ali
Abdessalam Treki, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "um
dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo".
Quando Mandela
estava preso, visto e tratado pelas nações “livres” do mundo como mais um negro
arruaceiro, Cuba foi o único país do mundo que jamais negou a ele a
solidariedade e a defesa incondicional. Tanto foi assim, que o primeiro país
que Mandela visitou ao ser colocado em liberdade foi CUBA.
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"Nunca, nunca e nunca de novo esta bela terra experimentará a opressão de um sobre o outro" Mandela Punho Cerrado - Gesto que marcou Mandela |
"NÓS NA ÁFRICA ESTAMOS ACOSTUMADOS A SER
VÍTIMAS DE OUTROS PAÍSES, QUE QUEREM EXPLORAR NOSSO TERRITÓRIO OU SUBVERTER
NOSSA SOBERANIA. NA HISTÓRIA DA ÁFRICA NÃO EXISTE OUTRO CASO DE UM POVO QUE
TENHA SE LEVANTADO EM DEFESA DE UM DE NÓS" (MANDELA, falando aos cubanos,
em Matanzas em 26/07/1991)
Mandela:
“os cubanos vieram a nossa região como doutores, mestres, soldados, técnicos
agrícolas, mas nunca como colonizadores. Compartilharam as mesmas trincheiras
na luta contra o colonialismo, o subdesenvolvimento e o “apartheid”… Jamais
esqueceremos este incomparável exemplo de desinteresse internacionalista”. http://lapupilainsomne.wordpress.com/2013/12/06/lo-censurado-fidel-y-mandela/
Mandela nunca morrerá, pois sua vida é lição para nós e todas as
gerações vindouras,
único no Mundo a
ser eleito, ainda em vida, Homem do Século em seu País!
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em 1964 foi preso sob a acusação de trair o país e sentenciado à prisão perpétua. Mandela passou 27 anos na prisão _posa para foto (1994) na cadeia em que passou quase um terço da vida adulta |
"Não há nada como a Liberdade" Mandela
Mitos: Mahatma Gandhi, o fundador do Estado moderno indiano, foi sua inspiração. Como Gandhi, disse o sul-afriacano. Mandela se tornou mártir em vida. Quando ingressou no CNA - Congresso Nacional Africano, partido que pregava o fim do apartheid, logo tornou-se um líder brilhante. Fez discursos, organizou encontros, angariou simpatizantes para a luta contra o racismo. Apesar da disposição de alguns parceiros, recusava-se a adotar a violência como estratégia válida. Mas, fez isso apenas até certo ponto. Anos depois, lembrou Mandela:
"Nós adotamos a atitude de não violência só até onde as condições permitiram. Quando as condições foram contrárias, abandonamos essa posição"
Mandela, dacidido a partir para o tudo ou nada, recebeu, na Etiópia, treinamento militar durante dois anos, empurrado pelos atentados perpetrados pelos brancos, que culminaram na morte de inúmeros colegas seus.
“Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável.” Mandela
Nobel da Paz: Mandela ganhou o prêmio por sua defesa do diálogo permanente, a despeito da cor da pele. Mandela enxergou na paz e no respeito mútuo entre brancos e negros, a única saída para o futuro da África do Sul. Passou assim, a ser aclamado tanto pelos que estavam no poder, quanto pelos oprimidos.
Nelson Mandela, 95 anos, morreu em sua residência em Johannesburgo, onde se recuperava de uma infecção pulmonar, na quinta-feira, 05/12/2013, o maior ícone da luta contra o
apartheid. Em 1993, ele levou
para casa um Prêmio Nobel da Paz - dividido com o último presidente
sul-africano branco, Frederik de Klerk. No ano seguinte, tornou-se o primeiro
presidente negro da África do Sul. Para muitos analistas, era o único capaz de
conduzir pacificamente o país rumo à democracia racial após meio século de
governo segregacionista. Para o palácio presidencial, ele levou o respeito
conquistado durante a luta contra o apartheid, que lhe rendeu 27 anos de
prisão.
Rolihlahla Mandela nasceu em 1918 na pequena vila rural de
Mvezo, na atual Província de Eastern Cape. O menino tinha sangue real, era
descendente dos chefes Thembu, do povo cossa. Foi criado para ser líder tribal.
Na infância, caçava passarinho, tomava conta de gado e brincava descalço,
lutando contra outros garotos com pedaços de pau. Segundo Tom Lodge, um de seus
mais importantes biógrafos, foi nessa época que lhe ensinaram a lição que
guiaria sua ética pessoal: Mandela aprendeu a derrotar seus inimigos sem
humilhá-los.
Só aos 7 anos, depois que entrou para uma escola britânica, é
que ganhou o nome de Nelson. "Minha professora no primário exigiu que eu
tivesse um nome cristão e decidiu que eu me chamaria Nelson", lembrou
Mandela anos mais tarde. O pequeno nobre, do clã dos Madiba - nome pelo qual
Nelson seria carinhosamente chamado até o fim da vida -, frequentou as escolas
britânicas de Clarkebury e Healdtown. Em casa, vivia com um pai polígamo, que
tinha quatro mulheres e nove filhos. A fusão da tradição africana com o
civilismo britânico produziu um dos maiores líderes do século 20. Poucos no
mundo tiveram o status messiânico de Mandela. Profundamente influenciado pelo
pacifismo de Mahatma Gandhi, que também viveu parte da vida na África do Sul,
ele se tornou um símbolo global de paz e reconciliação.
♪ ♫Nelson Mandela, sus dos amores - Pablo Milanés ♪ ♫ http://www.youtube.com/watch?v=30vcYekYghg
Nelson Mandela,
Quiero decirte que no vengo a cantar
La parte triste de una canción
Que nos haga llorar.
Nelson Mandela,
Quiero pedirte que me dejes contar
La más hermosa historia de amor
Que nos pueda llegar.
Nelson Mandela,
Desde que tú naciste
Ya todo lo que hiciste
Fue vivir para que un día
Se tuvieran que encontrar.
Mandela,
Que encuentro tan fecundo
Poder cambiar tu mundo
Y el modo tan hermoso
De quererlo eternizar.
Nelson Mandela,
Y como pólvora regaste el amor
Que te sostiene en una prisión
Que te va a liberar.
Qué feliz que en una historia de amor
Todo un pueblo encierre su libertad,
Qué feliz que en una historia de amor,
Todo un pueblo encierre su libertad.
(*) Nelson Mandela passou 27 anos e 6 meses em três prisões. De 1962 a 1979,
ele foi o preso 466/64 na Seção B da cadeia de Robben Island. Assim como outros
detentos, ele era submetido a uma rigorosa rotina de trabalhos forçados em uma
pedreira, vivia em uma cela de 6 metros quadrados com uma janela de 30
centímetros. Dormia no chão até meados dos anos 70, quando a Cruz Vermelha
convenceu o governo a colocar camas.
O cotidiano era devastador. "A vida na prisão caiu na rotina",
lembraria Mandela em sua autobiografia. "Todo dia se parecia com o
anterior. Toda semana era como a anterior. De tal maneira que os meses e os
anos se misturavam."
A seu lado estiveram Govan Mbeki, ativista e pai do ex-presidente Thabo
Mbeki, Tokyo Sexwale, líder do CNA e hoje um dos empresários mais bem sucedidos
do país, Walter Sisulu, maior amigo de Mandela, o militante comunista Raymond
Mhlaba e Jacob Zuma, atual presidente da África do Sul.
O governo temia produzir mártires na prisão e, gradualmente, diminuiu as
restrições, relaxou a censura e a proibição de comunicação entre presos. Cada
vez mais, os detentos se reuniam e a traçavam as estratégias da resistência
negra.
Mbeki e Mhlaba acreditavam que a guerra de guerrilha poderia ser feita
com bases dentro da África do Sul, como ocorreu em Cuba e na China. Mandela
discordava e apostava nos modelos de Angola e Moçambique, que usavam bases em
países vizinhos – alternativa viável para a luta armada sul-africana a partir
de 1975, depois que ruiu o império português na África.
Na prisão, Mandela conseguiu uma importante concessão: estudar e
graduar-se em Direito pela Universidade de Londres. Como detento "classe
D" – a classificação mais baixa –, ele podia receber uma carta e uma
visita a cada seis meses, desde que não falasse em cossa, zulu ou qualquer
língua africana e ficasse separado por uma grossa janela de vidro.
Os presos tinham direito a ler apenas revistas femininas e de jardinagem
– o ativista Mac Maharaj, no entanto, recebeu por muito tempo a revista
Economist, até que as autoridades descobrissem que ela era um conhecido
semanário de notícias.
Na biblioteca, eles tinham acesso a Marx, Tolstoi e Shakespeare. O
preferido de Mandela era William Ernest Henley, cujo poema mais famoso,
Invictus, ele recitava sempre que podia: "Sou o dono do meu destino, sou o
capitão da minha alma."
No fim dos anos 70, Mandela passou a receber mais visitas – foram 15 só
em 1978, mais da metade da mulher, Winnie. Em março de 1982, porém, sua
história em Robben Island acabou. As autoridades ordenaram que ele fosse
transferido para Pollsmoor, prisão de segurança máxima perto da Cidade do Cabo.
Comprada a Robben Island, a nova casa era um luxo: comida, espaço,
celas, jornais, conforto, tudo era melhor. Pollsmoor era próxima de centros
médicos, caso os presos precisassem de cuidados. Mandela acreditava que a
transferência servia para dividir o CNA e reduzir a capacidade de organização
do grupo.
No entanto, historiadores concordam que o governo já previa ter de
negociar com o CNA e sabia das divisões dentro do grupo. O objetivo teria sido
isolar a velha-guarda moderada, como Mandela, dos mais jovens e radicais, como
Govan Mbeki, que tinha ligações com os comunistas.
De Pollsmoor, Mandela viu o regime dar sinais de desgaste. A África do
Sul sobreviveu às sanções inócuas da ONU, nos anos 60. Para a premiê britânica,
Margaret Thatcher, e para o secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, o
governo racista era um aliado contra o comunismo. No entanto, após o Levante de
Soweto, em 1976, tudo mudou.
Imagens de crianças negras sendo massacradas por policiais brancos
correram o mundo. No ano seguinte, a ONU aprovou um embargo de armas. O país
foi banido de competições esportivas internacionais. Em 1977, 11 multinacionais
americanas se retiraram da África do Sul. Kissinger mudou de lado. Thatcher
reuniu-se em Londres com o presidente Pieter Botha e mandou um recado: liberte
Mandela.
Botha voltou para casa e teve uma conversa com o ministro da Justiça,
Kobie Coetsee. Nos meses seguintes, os dois quebraram a cabeça para tirar o
país do isolamento. A solução encontrada foi criar um comitê para negociar com
Mandela.
Entre 1988 e 1989, foram 47 reuniões, interrompidas apenas quando
Mandela teve de ser internado para retirar dos pulmões 2 litros de água, cuja
análise determinou a tuberculose. Os médicos culparam a umidade da cela. Assim,
em vez de voltar a Pollsmoor, ele foi transferido para um bangalô dentro da
penitenciária de Victor Verster.
As autoridades liberaram as visitas e instalaram um minibar – embora
Mandela não bebesse. De vez em quando, ele usava a piscina, mas sempre sob supervisão
do guarda-costas, já que ele nunca soube nadar direito.
As negociações avançavam pouco. Mandela queria liberdade para presos
políticos e uma democracia plena. Botha não estava pronto para libertar
ninguém, queria garantias de que os brancos não seriam subjugados e exigia que
o CNA abandonasse a luta armada.
Em agosto de 1989, Botha renunciou. Seu substituto foi o ministro da
Educação, Frederik de Klerk, que não tinha nada de reformista. Era um
pragmático que gostava de assumir riscos. Um deles foi aprofundar as
negociações com Mandela, com quem se encontrou em dezembro do mesmo ano.
Mais tarde, ambos descreveram o primeiro encontro como
"encorajador". Embora se tratassem com respeito, eles nunca tiveram
empatia. De Klerk, porém, mudaria a história do país ao abrir a sessão do
Parlamento, em fevereiro de 1990. Em discurso curto, ele anunciou a legalização
das organizações clandestinas e a libertação de presos políticos. No dia 11 de
fevereiro, 27 anos e 6 meses depois, Mandela era um homem livre. (*_Da cela da prisão, uma batalha que durou 27 anos - Mesmo atrás das grades, Mandela comanda a
luta pela igualdade racial e negocia com o governo o fim do apartheid na África
do Sul - Estadão/Internacional)
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Mandela cultivou legião de seguidores |
(**) A libertação de Nelson Mandela não foi o fim imediato do regime, mas um
dia após sair da prisão, em seu primeiro discurso, deixou um recado: o
apartheid não tinha futuro. Frederik de Klerk não queria deixar o poder e
apostava em uma grande coalizão anti-CNA. Outra dificuldade de Mandela era a
animosidade do chefe zulu Mangosuthu Buthelezi, líder do Partido da Liberdade
Inkhata (IFP).
Entre 1990 e 1994, o IFP recebeu apoio clandestino do regime branco, que
tentou dividir os negros. Em junho de 1992, operários zulus, com a ajuda de
policiais brancos, assassinaram 38 pessoas na favela de Boipatong. Em setembro,
soldados mataram 28 militantes do CNA em Bisho. De Klerk negou a aliança com os
zulus, mas Mandela nunca engoliu a história.
As frentes de batalha não paravam de crescer, até mesmo na vida pessoal.
A crise conjugal com Winnie foi devastadora. A lista de acusações contra a
mulher tinha sequestro, tortura e assassinato – mais tarde, em 2003, ela
colecionaria também queixas de fraude e roubo. Mandela manteve-se ao lado dela
– dizia que as acusações eram políticas –, mas não suportou quando a traição
foi estampada nos jornais, que publicaram as cartas de amor entre Winnie e seu
advogado Dali Mpofu, 27 anos mais jovem. Mandela saiu de casa em fevereiro de
1992.
A vida política também andava mal. De Klerk surfava na imagem de
moderado e colecionava elogios de Londres e Washington, aumentando o temor de
que ele pudesse fechar um acordo político vantajoso dentro da África do Sul. Em
reação, Mandela começou uma frenética volta ao mundo. O resultado da disputa
pela opinião pública internacional veio quando ambos – Mandela e De Klerk –
ganharam o Prêmio Nobel da Paz, em 1993.
Em abril de 1993, extremistas brancos assassinaram o ativista do CNA
Chris Hani. Para reduzir a tensão, o governo cedeu. Eleições ocorreram em 27 de
abril de 1994 e vencidas com facilidade pelo CNA. O maior ícone da luta conta o
apartheid chegava ao poder.
Na presidência, Mandela se viu diante de decisões difíceis.
Surpreendentemente, seu governo ficou marcado pela disciplina fiscal,
administrativa e um forte controle de gastos públicos, desagradando a muitos
aliados. Mas o desemprego não cedeu. A esquerda responsabilizou os excessos
neoliberais de sua política econômica.
A Constituição foi promulgada em 1996 e a paz com os zulus, selada. De
Klerk tornou-se um dos dois vice-presidentes – o outro era Thabo Mbeki –, mas
em 1996 foi para a oposição. Na segunda metade do mandato, Mandela delegou ao
vice a parte administrativa. A partir de 1996, Mbeki se tornou o presidente de
facto da África do Sul.
Como nunca esqueceu os velhos amigos, Mandela defendia os regimes de
Cuba, Líbia, Síria e Zimbábue. Ele não quis se reeleger e deixou o governo com
uma aprovação de 80%. Diferentemente da ostentação de outros líderes africanos,
Mandela viveu de maneira simples. Doava um terço do salário para uma fundação
de caridade criada com o dinheiro do Nobel. (**_Mandela lidera transição e consolida a democracia - Peso político ajudou a pacificar a África do
Sul e abriu caminho para que ele se tornasse o primeiro presidente negro do
país - Estadão/Internacional)