sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dilma defende combate ao racismo e à homofobia em discurso na ONU

Dilma Rousseff (PT) discursou na abertura na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, e foi muito aplaudida por uma plenária lotada.
Ao lado do desenvolvimento sustentável e da paz, a ordem internacional que buscamos construir funda-se em valores. Entre eles, destacam-se o combate a todo o tipo de discriminação e exclusão.” Dilma
A presidenta Dilma Rousseff defendeu (24/set./2014), em discurso na abertura da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o combate ao racismo, à homofobia e às desigualdades entre homens e mulheres.
Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais.”, acrescentou.
Destaques do que Dilma disse:
Governo manteve a solidez fiscal diante da crise e "continuou a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura".
"Não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa", disse.
"Resistimos às suas piores consequências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento", afirmou.
Seu governo assumiu a responsabilidade" de combater a corrupção no país e destacou avanços sociais dos "últimos 12 anos", de governo do PT.
"A história mostra que só existe uma maneira correta e eficiente de combater a corrupção: o fim da impunidade com o fortalecimento das instituições que fiscalizam, investigam e punem atos de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. Essa é a responsabilidade de cada governo. Responsabilidade que nós assumimos, ao fortalecer nossas instituições", completou, em referência ao trabalho feito pela Polícia Federal.
Dilma defende combate ao racismo e à homofobia em discurso na ONU

União gay
Tocando em um tema sensível da campanha no Brasil, a presidente destacou que a Suprema Corte "reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis daí decorrentes".
Segundo ela, os direitos fundamentais "devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização, tanto no plano interno como internacional". Dilma abriu seu discurso destacando a construção, "nos últimos 12 anos" do governo PT, de uma "sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades".

Igualdade racial
Dilma disse que a promoção da igualdade racial no Brasil é uma forma de compensar os séculos de escravidão a que os negros foram submetidos e que a miscigenação é um orgulho para os brasileiros.
O racismo, mais que um crime inafiançável, é uma mancha que não hesitamos em combater, punir e erradicar. O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as mulheres e os negros, os afro-brasileiros, temos também contra a homofobia”, disse a presidenta, ao citar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização tanto no plano interno como no plano internacional”, acrescentou.
Durante o discurso, em que falou principalmente de economia e questões internacionais, Dilma também defendeu um novo modelo de governança da internet para garantir o respeito aos direitos humanos nos mundos real e virtual.

Internet - liberdade de expressão, privacidade, neutralidade da rede, e diversidade cultural
Em setembro de 2013, propus aqui, no debate geral, a criação de um marco civil para a governança e o uso da Internet com base nos princípios da liberdade de expressão, da privacidade, da neutralidade da rede e da diversidade cultural. Noto, com satisfação, que a comunidade internacional tem se mobilizado, desde então, para aprimorar a atual arquitetura de governança da internet”, avaliou.
Dilma também falou sobre as negociações para um novo acordo global sobre o combate às mudanças climáticas e voltou a defender um texto “equilibrado, justo e eficaz” e com graus diferentes de responsabilidades para países ricos e nações em desenvolvidos.
Esperamos que os países desenvolvidos, que têm a obrigação não só legal, mas também política e moral de liderar pelo exemplo, demonstrem de modo inequívoco e concreto seu compromisso de combater esse mal que aflige a todos nós”, cobrou. A presidenta defendeu a criação de mecanismos de desenvolvimento e transferência de tecnologias limpas, principalmente em favor dos países mais pobres.


"Há poucos dias, a FAO (órgão da ONU para a alimentação e a agricultura) informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra", disse.

Síria
Apesar de não condenar diretamente os ataques dos EUA e seus aliados à milícia radical Estado Islâmico (EI) na Síria, iniciados há três dias, a presidente disse que o "uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos".
"A cada intervenção militar não caminhamos para a paz, mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos", disse.

_Fonte diversas e principalmente: América Economia Brasil/Politica e Sociedade

Íntegra do discurso da Presidente Dilma na ONU



domingo, 21 de setembro de 2014

“Carece de ter coragem. Carece de ter muita coragem…”

“A vida embrulha tudo, a vida é assim, esquenta esfria aperta e daí afrouxa inquieta e depois desinquieta, mas o que ela quer mesmo da vida é coragem” - Guimarães Rosa- Livro a vida quer coragem
Dilma no Tribunal da Vergonha*
sobre a foto, texto abaixo
Por Miguel do Rosário
Lula e Dilma apanham da mídia desde o dia em que pisaram no Palácio do Planalto.
As redes sociais estão abarrotadas de todo o tipo de baixaria contra a presidenta. Há, inclusive, ameaças de morte.
A Folha deu cartaz a um sujeito que divulgava montagens fotográficas em que Dilma aparecia sob a mira de uma arma. Publicou matéria positiva sobre ele na edição impressa e o pôs na TV Folha, em programa exibido na tv aberta.
Uma empresa de São Paulo patrocinou a distribuição de cartilhas anti-Dilma na porta do Itaquerão, no dia da abertura da Copa do Mundo.
No Estádio, milhares de pessoas, em especial aquelas situadas nas áreas VIP, vaiaram Dilma e a mandaram tomar no cú.
Blogueiros da Veja fazem, há anos, campanhas de baixíssimo nível contra a presidenta.
Você nunca viu a presidenta, em momento algum, reclamar de nada.
Você nunca a viu dizer que a estão “perseguindo”.
Os blogs que a apoiam, sim. Reclamam e protestam frequentemente contra o tratamento da mídia.
A presidenta, porém, se mantém altiva e firme.
Saiu há pouco uma nova abordagem do Manchetômetro, comparando o que se dizia do presidente FHC em 1998, e o que se diz da presidenta, hoje.
A abordagem é uma resposta a acusações de críticos do manchetômetro, segundo os quais à imprensa cabe a função de contra-poder, e, portanto, a mídia fala mal da Dilma porque ela é presidenta.
Não é bem assim.
Em 1998, FHC era poder, era candidato a reeleição, e o tratamento era outro.
Os gráficos são eloquentes! A poderosa máquina midiática tenta triturar, há anos, a imagem de Dilma.
No entanto, você não vê Dilma chorando na mídia, protestando contra “boatos” ou “mentiras”.
Ela enfrenta tudo de cabeça erguida.
Nunca processou ninguém, como faz Aécio, nunca chorou, nunca se lamuriou. Ao contrário, sempre afirma, quando perguntada, que prefere o barulho das críticas ao silêncio da ditadura.
Bem diferente de Marina Silva, que hoje aparece na capa da Folha, do Globo e da Veja, no papel de vítima.
E por quê?
Porque o PT e as redes sociais apontam incoerências em suas falas e em seu programa de governo.
Ora, isso é debate político!
É democracia!
Marina Silva vai entrar na onda da criminalização da política e tratar o contraponto às suas ideias como “ataques”?
Até agora, quem jogou sujo foi ela, ao afirmar, na sabatina da Globo, que o PT botou um ladrão na Petrobrás para roubar.
Baixo nível!
Marina deve tudo, absolutamente tudo, que conquistou ao PT. Ela foi eleita a senadora mais jovem do país com dinheiro do PT, e agora faz uma acusação irresponsável dessa, com base no que disse a revista Veja?
Então o PT era bom para fazer a sua campanha de senadora? Era bom para lhe fazer chegar a ministra de Estado?
E agora, que ela mudou de partido, e ambiciona o poder presidencial, o PT vira um partido de ladrão?
Marina quer o poder pelo poder?
Ora, Dilma foi presa aos 22 anos. Foi barbaramente torturada.
Na foto que abre o post, vemos uma jovem altiva, com uma expressão desafiadora, diante dos juízes militares.
Ela não se fez de vítima nem naquela época, nem hoje, quando é atacada pelos mesmos jornais que apoiaram a ditadura que a torturou.
Dilma sabe que, para arrostar as dificuldades, é preciso coragem.
Um líder não se vitimiza, justamente porque é líder, e precisa transmitir força, serenidade e, sobretudo, coragem aos mais fracos, àqueles que não tiveram as oportunidades que o líder teve.
O Brasil ainda tem muita gente oprimida. Ainda tem um povo sofrido que precisa de lideranças valentes e generosas que o guiem, democraticamente, para um futuro melhor.
Marina Silva não é uma pobre coitada perseguida! É uma mulher que foi eleita a senadora mais jovem da nossa história.
Foi senadora por 16 anos, sempre pelo PT.
Foi ministra de Estado.
É amiga de gente muito rica, como o dono da Natura, Guilherme Leal, e Neca Setúbal, dona do Itaú.
Esta última doou R$ 1 milhão ao Instituto Marina, ou 83% de tudo que o instituto ganhou.
R$ 1 milhão é mais do que a maioria dos brasileiros jamais ganharão durante uma vida inteira de trabalho.
Vive no apartamento de um homem muito rico, dono de postos de gasolina e fazendas no Mato Grosso e Pará.
Tem apoio hoje da elite do país e da mídia.
Está chorando por quê?
Porque alguns tuiteiros e blogueiros estão apontando suas incoerências?
É com essa força que pretende ser presidente?
No primeiro twitter de Malafaia, mudou seu programa de governo.
Agora, diante das primeiras críticas nas redes sociais, aparece chorando nos jornais?
Aonde ela pretende chegar com isso?
Em Grande Sertão Veredas, a obra-prima de Guimarães Rosa, há uma cena antológica, do primeiro encontro entre Diadorim e Riobaldo.
Os dois ainda eram adolescentes.
Riobaldo entra numa canoa dirigida por Diadorim, que atravessa um enorme rio, de águas perigosas. Já do outro lado da margem, os garotos topam com uma figura mais velha, que tenta molestá-los. Diadorim consegue afastá-lo. Riobaldo fica apavorado, com a possibilidade do vilão retornar armado, ou acompanhado de comparsas.
O trecho:
Meu receio não passava. O mulato podia voltar, ter ido buscar uma foice, garrucha, a reunir companheiros; de nós o que seria, daí a mais um pouco? Ao menino ponderei isso, encarecendo que a gente fosse logo embora. “Carece de ter coragem. Carece de ter muita coragem…” – ele me moderou, tão gentil.
Pois é, Marina. Ouça o velho Rosa.
Carece ter coragem.
Carece de ter muita coragem…
_fonte: O Cafezinho

"É impressionante a lavagem cerebral que a oligarquia midiática brasileira (que eu prefiro chamar de PiG) conseguiu fazer em grande parte dos seus leitores, internautas, ouvintes e telespectadores quando o assunto é PT, Lula e Dilma! doze anos de lavagem cerebral midiática contra o PT produziram um besteirol antipetista constrangedor... incluindo meus "patrulhadores"!!!" rs - Gláucia Lima

sobre a foto: Dilma no Tribunal da Vergonha*

A primeira Biografia da primeira
presidenta do Brasil Dilma Rousseff
O País se deparou com um documento espantoso, o melhor retrato de uma era, a imagem mais emblemática de uma época conhecida pelo chumbo quente da tortura, o símbolo mais cortante dos 21 anos da ditadura que sangrou o Brasil no período 1964-85. É uma fotografia em preto e branco, como aqueles tempos obscuros, captada na 1ª Auditoria Militar do Rio de Janeiro num dia qualquer de novembro de 1970, quando se completava o primeiro ano no poder do presidente Garrastazú Médici, o líder mais temido da fase mais dura do regime dos generais. A revelação pertence ao livro A vida quer coragem, que o jornalista mineiro Ricardo Amaral lançou em 03/08/2011 pela editora Primeira Pessoa.

A foto mostra de lado, sentada sobre uma cadeira sem braços, uma jovem magra de 22 anos, cabelos curtos, blusa clara de mangas curtas, as mãos entrecruzadas sobre as pernas, vestindo talvez a inevitável calça jeans de sua geração. A fisionomia está séria, fechada como o clima político do país, e o olhar parece absorto sob as sobrancelhas marcantes, quem sabe refletindo sobre os 22 dias terríveis sob tortura a que sobreviveu dez meses antes, ao ser presa pela repressão como integrante da VAR (Vanguarda Armada Revolucionária)-Palmares, uma das siglas da guerrilha que combatia a ditadura pelo desespero das armas. Três décadas depois, a guerrilheira ‘Estela’ contou ao repórter Luís Maklouf Carvalho o que lhe passava pela mente, ao lembrar os dias de horror na masmorra do DOI-CODI de São Paulo, o centro que tortura que virou símbolo da barbárie do regime: “Levei muita palmatória, me botaram no pau-de-arara, me deram choque, muito choque. Comecei a ter hemorragia, mas eu aguentei. Não disse nem onde morava. Tiveram que me levar para o Hospital Central do Exército”.



"Brasil saiu, pela primeira vez na sua história, do mapa da fome, diz ONU" Dilma
Debate CNBB Completo: http://t.co/zG6fceDZZB

sábado, 20 de setembro de 2014

PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS (PNAD*) DO IBGE/2014

Resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad*) do IBGE feita em 2013 com 362.555 pessoas em 1.100 municípios, constata:

Diminui desigualdade, cai analfabetismo e mulheres continuam, mesmo sendo maioria da população e obtendo melhor índice de escolaridade, percebendo salários 30% menores que os homens (aproximadamente em dados estatísticos arredondados).
A Mulher e o Trabalho
por Gláucia Lima

Uma das mais evidentes desigualdades existentes na sociedade brasileira refere-se às relações de gênero. Mais no campo sociocultural que no econômico.
Em pesquisas realizadas, a população brasileira chega a ter 52% de mulheres:
nível de escolaridade população economicamente ativa: média nacional = 6,1%, sendo a da mulher: 7,3% e do homem: 6,3%.
Enquanto a representação na política fica assim: Representante Feminina na Câmera Federal: 8% e no Senado: 2%.
Constatação recorrente: independente do gênero, a pessoa com maior nível de escolaridade tem mais chances e oportunidades de inclusão no mercado de trabalho. Mulheres no trabalho precário e informal é de 61%, sendo 13% superior à presença dos homens (54%).
Mesmo que de forma tímida, que a mulher tem tido uma inserção maior no mercado de trabalho. Constata-se, também, uma significativa melhora entre as diferenças salariais quando comparadas ao sexo masculino. Contudo, ainda não foram superadas as recorrentes dificuldades encontradas pelas trabalhadoras no acesso a cargos de chefia e de equiparação salarial com homens que ocupam os mesmos cargos/ocupações.

(aqui, abrimos um parêntesis para o convite a ler no final da pesquisa o artigo: O papel da mulher na sociedade)

PERFIL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

A Pnad de 2013 mostra uma tendência de envelhecimento da população brasileira. Dos 201,5 milhões de habitantes no país, 13% são idosos, ou seja, têm mais de 60 anos.
Destaque: Mesmo o Índice de “Gini”, que mede a distribuição da renda, caindo, tendência decrescente do índice dos últimos anos (passou de 0,496 em 2012 para 0,495 em 2013) e a estabilidade da taxa de pessoas economicamente ativas (de 65,9% em 2012 e de 65,5% em 2013), a mulher ainda percebe salário, em números estatísticos arredondados, 30% menor que o do homem.


Outro destaque foi o aumento da proporção de solteiros no país: de 48,2% do total da população em 2012 para 49,2% em 2013. A definição de solteiro inclui pessoas com união estável ou que se casaram só no religioso.

ANALFABETISMO NO BRASIL

A taxa de analfabetos no país teve queda após um ano de estagnação. O índice de brasileiros com 15 anos ou mais que não sabem nem ler e escrever era de 8,6% em 2011. Teve ligeira alta para 8,7% em 2012. E caiu para 8,5% em 2013.
Mas o número de pessoas com 10 anos ou mais que não têm instrução, ou estudaram menos de um ano, subiu de 15,3 milhões para 16 milhões.

POSSE DE BENS
Em 2013, os domicílios brasileiros apresentaram aumento de carros (alta de 4,8%) e motos (1,4%) nas garagens.  Outro destaque foi o crescimento de máquinas de lavar – são 7,8% mais residências com o eletrodoméstico. 
Na contramão estão aparelhos de rádio (queda de 4,4%) e DVD (-2,8%). Os índices de fogão e TV dentro dos domicílios brasileiros ficaram estáveis.

ACESSO A INTERNET E POSSE DE CELULAR
Pela primeira vez, segundo a Pnad, mais da metade da população brasileira tem acesso à internet. A alta no número de pessoas conectadas foi menor do que em outros anos: menos de 1 ponto percentual entre 2012 e 2013.
O número de pessoas com celular no país manteve o crescimento, mas com alta menor na comparação com outros anos. Em 2012, 72,8% da população tinha o aparelho. Em 2013, o número subiu para 75,5%.

DESIGUALDADE DE RENDA
O Índice de “Gini”, que mede a distribuição da renda, passou de 0,496 em 2012 para 0,495 em 2013. A leve queda manteve a tendência decrescente do índice dos últimos anos.

OCUPAÇÃO
A taxa de pessoas economicamente ativas (15 anos ou mais) era de 65,5%, em 2013. Isso indica estabilidade em relação a 2012 – o número era de 65,9%.
  
Fonte:
IBGE – PNAD / 2014
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=149
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua*
(PNAD, População)
É uma pesquisa por amostra probabilística de domicílios, de abrangência nacional, planejada para atender a diversos propósitos. Visa produzir informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País e permitir a investigação contínua de indicadores sobre trabalho e rendimento. A PNAD Contínua segue um esquema de rotação de domicílios. Isso significa que cada domicílio selecionado será entrevistado cinco vezes, uma vez a cada trimestre, durante cinco trimestres consecutivos.

Principais Indicadores que serão produzidos com base na PNAD Contínua:

• População residente segundo o sexo e os grupos de idade
• Taxa de desocupação
• Taxa de atividade
• Nível da ocupação
• Taxa de analfabetismo segundo os grupos de idade e o sexo
• Pessoas de 14 anos ou mais segundo a condição de ocupação
• Pessoas ocupadas na semana de referência segundo o sexo e os grupos de anos de estudo
• População residente segundo a naturalidade em relação à Unidade da Federação e ao município de residência
• Rendimento médio mensal per capita dos domicílios.
Créditos:
G1: G1.com
Edição: Shin Oliva Suzuki (Conteúdo); Léo Aragão (Infografia)
Reportagem: Amanda Polato
Infografia: Elvis Martuchelli, Karina Almeida e Roberta Jaworski
Desenvolvedores: Fábio Rosa, Hector Otávio e Rogerio Banquieri

O Papel da Mulher na Sociedade

*por Paulo Silvino Ribeiro

Muito recentemente, a propaganda de televisão de uma grande marca mundial de automóveis tentava vender seu produto ilustrando a mudança do papel social da mulher. Uma jovem com trajes de executiva chegava em casa após um dia de trabalho e cumprimentava seu marido, o qual estava ocupado preparando a refeição da família. Para surpresa desse homem, que “comandava” a cozinha e cuidava de suas filhas, sua esposa o presentearia com um carro novo. A partir dessa cena, rapidamente aqui descrita, pode surgir a seguinte pergunta: esse comercial faria sentido décadas atrás? Certamente que não. Contudo, essa resposta carece de uma explicação menos simplista, e requer uma maior compreensão do que se chama de questões de gênero e papéis sociais.
Mulheres e homens ao longo de boa parte da história da humanidade desempenhavam papéis sociais muito diferentes. Mas do que se trata o papel social? Segundo a Sociologia, trata-se das funções e atividades exercidas pelo indivíduo em sociedade, principalmente ao desempenhar suas relações sociais ao viver em grupo. A vida social pressupõe expectativas de comportamentos entre os indivíduos, e dos indivíduos consigo mesmos. Essas funções e esses padrões comportamentais variam conforme diversos fatores, como classe social, posição na divisão social do trabalho, grau de instrução, credo religioso e, principalmente, segundo o sexo. Dessa forma, as questões de gênero dizem respeito às relações sociais e aos papéis sociais desempenhados conforme o sexo do indivíduo, sendo o papel da mulher o mais estudado e discutido dentro dessa temática, haja vista a desigualdade sexual existente com prejuízo para a figura feminina. Assim, enquanto o sexo da pessoa está ligado ao aspecto biológico, o gênero (ou seja, a feminilidade ou masculinidade enquanto comportamentos e identidade) trata-se de uma construção cultural, fruto da vida em sociedade. Em outras palavras, as coisas de menino e de menina, de homem e de mulher, podem variar temporal e historicamente, de cultura em cultura, conforme convenções elaboradas socialmente.
As diferenças sexuais sempre foram valorizadas ao longo dos séculos pelos mais diferentes povos em todo o mundo. Algumas culturas – como a ocidental – associaram a figura feminina ao pecado e à corrupção do homem, como pode ser visto na tradição judaico-cristã. Da mesma forma, a figura feminina foi também associada à ideia de uma fragilidade maior que a colocasse em uma situação de total dependência da figura masculina, seja do pai, do irmão, ou do marido, dando origem aos moldes de uma cultura patriarcalista e machista. Assim, esse modelo sugeria a tutela constante das mulheres ao longo de suas vidas pelos homens, antes e depois do matrimônio.
Aliás, o casamento enquanto ritual marcaria a origem de uma nova família na qual a mulher assumira o papel de mãe, passando das “mãos” de seu pai para as de seu noivo, como se vê no ato da cerimônia.
Mas como aqui já se abordou, se as noções de feminilidade e masculinidade podem mudar ao longo da história conforme as transformações sociais ocorridas, isto foi o que aconteceu na cultura ocidental, berço do modo capitalista de produção. Com o surgimento da sociedade industrial, a mulher assume uma posição como operária nas fábricas e indústrias, deixando o espaço doméstico como único locus de seu trabalho diário. Se outrora a mulher deveria apenas servir ao marido e aos filhos nos afazeres domésticos, ou apenas se limitando às tarefas no campo – no caso das camponesas europeias, a Revolução Industrial traria uma nova realidade econômica que a levaria ao trabalho junto às máquinas de tear. Obviamente, não foram poucos os problemas enfrentados pelas mulheres, principalmente ao se considerar o contexto hostil de um regime de trabalho exaustivo no início do processo de industrialização e formação dos grandes centros urbanos.
A primeira mulher a assumir o
cargo mais importante da República

Após um longo período de opressão e discriminação, a passagem do século XIX para o XX ficou marcada pelo recrudescimento do movimento feminista, o qual ganharia voz e representatividade política mais tarde em todo o mundo na luta pelos direitos das mulheres, dentre eles o direito ao voto. Essa luta pela cidadania não seria fácil, arrastando-se por anos. Prova disso está no fato de que a participação do voto feminino é um fenômeno também recente para a história do Brasil. Embora a proclamação da República tenha ocorrido em 1889, foi apenas em 1932 que as mulheres brasileiras puderam votar efetivamente. Esta restrição ao voto e à participação feminina no Brasil seriam consequência do predomínio de uma organização social patriarcal, na qual a figura feminina estava em segundo plano. Mesmo com alguns avanços, ainda no início da segunda metade do século XX, as mulheres sofriam as consequências do preconceito e do status de inferioridade. Aquele modelo de família norte-americana estava em seu auge, em que a figura feminina era imaginada de avental e com bobs nos cabelos, no meio da cozinha, envolta por liquidificador, batedeira, fogão, entre outros utensílios domésticos. Seria apenas no transcorrer das décadas de 50, 60 e 70 que o mundo assistiria mudanças fundamentais no papel social da mulher, mudanças estas significativas para os dias de hoje. O movimento contracultural encabeçado por jovens (a exemplo do movimento Hippie) transgressores dos padrões culturais ocidentais outrora predominantes defendiam uma revolução e liberação sexual, quebrando tabus para o sexo feminino, não apenas em relação à sexualidade, mas também no que dizia respeito ao divórcio.
Como se sabe, o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção requer cada vez menos o trabalho braçal, necessitando-se cada vez mais de trabalho intelectual. Consequentemente, criam-se condições cada vez mais favoráveis para a inserção do trabalho da mulher nos mais diferentes ramos de atividade. Ao estudar cada vez mais, as mulheres se preparam para assumir não apenas outras funções no mercado de trabalho, mas sim para assumir aquelas de comando, liderança, cargos em que antes predominavam o terno e a gravata. Essa guinada em seu papel social reflete não apenas nas relações de trabalhos em si, mas fundamentalmente nas relações sociais com os homens de maneira em geral. Isto significa que mudanças no papel da mulher requerem mudanças no papel do homem, o qual passa por uma crise de identidade ao ter de dividir um espaço no qual outrora reinava absoluto.
Mulheres com maior grau de escolaridade diminuem as taxas de natalidade (têm menos filhos), casam-se com idades mais avançadas, possuem maior expectativa de vida e podem assumir o comando da família como no exemplo da propaganda de automóvel citada. Obviamente, vale dizer que as aspirações femininas variam conforme seu nível de esclarecimento, mas também conforme a cultura em que a mulher está inserida.
Contudo, é preciso se pensar que mesmo com todas essas mudanças no papel da mulher, ainda não há igualdade de salários, mesmo que desempenhem as mesmas funções profissionais, ainda havendo o que se chama de preconceito de gênero. Além disso, a mulher ainda acaba por acumular algumas funções domésticas assimiladas culturalmente como se fossem sua obrigação e não do homem – funções de dona de casa. Da mesma forma, infelizmente a questão da violência contra a mulher ainda é um dos problemas a serem superados, embora a “Lei Maria da Penha” signifique um avanço na luta pela defesa da integridade da mulher brasileira.
Mas a pergunta principal vem à tona: qual o papel da mulher na sociedade atual? Pode-se afirmar que a mulher de hoje tem uma maior autonomia, liberdade de expressão, bem como emancipou seu corpo, suas ideias e posicionamentos outrora sufocados. Em outras palavras, a mulher do século XXI deixou de ser coadjuvante para assumir um lugar diferente na sociedade, com novas liberdades, possibilidades e responsabilidades, dando voz ativa a seu senso crítico. Deixou-se de acreditar numa inferioridade natural da mulher diante da figura masculina nos mais diferentes âmbitos da vida social, inferioridade esta aceita e assumida muitas vezes mesmo por algumas mulheres.
Hoje as mulheres não ficam apenas restritas ao lar (como donas de casa), mas comandam escolas, universidades, empresas, cidades e, até mesmo, países, a exemplo da presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher a assumir o cargo mais importante da República. Dessa forma, se por um lado a inversão dos papéis sociais ilustrada pela campanha publicitária (citada no início do texto) de um automóvel está em dissonância com um passado não tão distante, por outro lado mostra os sinais de um novo tempo que já se iniciou. Contudo, avanços à parte, é preciso que se diga que as questões de gênero no Brasil e no mundo devem sempre estar na pauta das discussões da sociedade civil e do Estado, dada a importância da defesa dos direitos e da igualdade entre os indivíduos na construção de um mundo mais justo.

*Paulo Silvino Ribeiro - Colaborador Brasil Escola

Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas



terça-feira, 16 de setembro de 2014

TRIÂNGULO DAS BERMUDAS Δ

Δ*Muitos foram os nomes dados ao lugar, como “Cemitério do Atlântico”, “Mar do Demônio”, “Mar dos navios perdidos” ou ainda “Mar das Feiticeiras”.

O Triângulo das Bermudas ou Triângulo do Diabo é uma região do oceano Atlântico onde um grande número de aviões e navios desapareceram em condições misteriosas. As vértices deste triângulo costuma ser delimitado pela Ilha de Bermudas, pela cidade de San Juan em Porto Rico e por Miami, na Flórida, mas suas fronteiras são elásticas, podendo chegar a formar um losango para comportar todos os desaparecimentos da redondeza.
Para explicar tal fenômeno diversas teorias foram criadas, tais como: portais para outras dimensões, campos de energia provocados por antigos cristais do continente perdido de Atlântida abandonados no fundo do oceano, anomalias temporais, magnéticas ou gravitacionais, buracos negros, abduções alienígenas e monstros marinhos, já para os cientistas são frutos de súbitas erupções gasosas submarinas e ondas gigantes.
A primeira descrição que se teve sobre o Triângulo das Bermudas foi de Cristóvão Colombo, quando ía em direção à América, que relatou ter visto uma bola de fogo no céu, explicada hoje como um meteorito, também descreveu sua passagem pelo Mar dos Sargaços, que é uma parte do Oceano coberta de Sargaços (uma espécie de alga), sendo consideradas a verdadeira razão pelo desaparecimento de navios, pois suas longas calmarias aprisionavam os navios à vela, levando homens a abandonar seus navios ou morrer neles.
Charles Berlitz publicou em 1974, o livro “Triângulo das Bermudas”, sucesso de vendas, no qual abordava temas sobrenaturais dos desaparecimentos, citando fatos como: o mistério do Vôo 19, que era o nome de um grupo de cinco caças-bombardeiros TBM Avenger da Marinha americana que decolou no dia 15 de dezembro de 1945, de Fort Lauderdale, que após um treinamento bem sucedido, desapareceu sem deixar vestígios, logo após desapareceu também um dos hidroaviões de resgate enviado, desencadeando uma das maiores operações de resgate da história, com mais de 240 aviões, navios da Marinha, barcos da guarda costeira, iates particulares e até submarinos, mas nada foi encontrado.
Em 29 de janeiro de 1948, um antigo bombardeiro inglês, o Star Tiger, também desapareceu no local, com 25 passageiros à bordo, a última notícia que se teve foi uma comunicação do piloto com a torre relatando que chegaria ao destino na hora prevista, sem relatar qualquer problema. Estranhamente, quase um ano depois, outro avião igual, o Star Ariel, também desapareceu sem deixar vestígios. O avião comercial DC-3, que fazia trajeto San Juan e Miami, também desapareceu e seus passageiros nunca foram encontrados.
Muitos navios também desapareceram no local, os que não desapareceram foram encontrados à deriva sem tripulação, a exemplo temos: o USS Cyclops que nunca mais foi visto após zarpar do posto das Bermudas; o S.S. Marine Sulphur Queen, um navio tanque carregado de enxofre que desapareceu após seu último contato, em 3 de fevereiro de 1963;o navio brasileiro São Paulo, destinado ao ferro-velho, que estava sendo rebocado por dois navios, mas um destes, temendo uma tempestade, soltou o cabo durante a noite, na manhã seguinte o navio e sua tripulação de 8 pessoas havia desaparecido sem deixar vestígios; Mary Celeste, um navio português encontrado à deriva em 1872, com carregamento de álcool, víveres e objetos pessoais intocáveis, mas neste caso o navio foi encontrado à milhares de quilômetros dali, na Costa de Portugal.
Muitas teorias foram levantadas para explicar os fatos, como por exemplo no Vôo 19, no qual o piloto supostamente teria se perdido, já que naquela época não havia GPS, e teria feito outra rota, a frequência do rádio teria sido mudada, aparecendo no radar em Cuba, onde muitas pessoas teriam afirmado ter visto uma explosão no céu na mesma posição em que se encontrava no radar, onde destroços dos aviões e vestígios de óleo foram encontrados na água, a explicação para não terem encontrado corpos seria porque a região é infestada de tubarões. Já o DC 3 teria relatado problemas com suas baterias, mas o piloto resolveu recarregá-las durante o vôo, no qual houve uma pane elétrica, explicando o fato de não conseguir se comunicar com a torre.
A guarda costeira americana tem sempre a mesma resposta para todos os desaparecimentos do Triângulo das Bermudas:
“A guarda Costeira não se impressiona com causas sobrenaturais para acidentes no mar. Faz parte da sua experiência reconhecer que as forças combinadas da natureza com a imprevisibilidade do homem superam a mais imaginativa ficção científica muitas vezes por ano”.
De época em época novas teorias e fatos “supostamente” inexplicáveis surgem, ou são gradativamente aumentados, muitos ufólogos preferem até não tocar no assunto por achá-lo antiquado, mas alguns mistérios permanecem inexplicáveis, seja pela crença dos povos ou por falta de base científica para serem desvendados.
*Fonte: Projeto Ockham


Δ**Vídeos (3 partes)

Δ**Fonte: Canal Fora da Ordem

  

O Triângulo das Bermudas - Parte 1 - História e Casos

Na primeira parte, conheceremos um pouco sobre como surgiu a lenda do Triângulo das Bermudas e veremos alguns casos de desaparecimentos de navios e aeronaves no local.

O Triângulo das Bermudas - Parte 2 - Casos Recentes e Sobreviventes

Na segunda parte conheceremos alguns casos ocorridos recentemente e veremos alguns relatos curiosos de pilotos e navegadores que viveram estranhas experiências no Triângulo das Bermudas e sobreviveram para contar a sua história.


O Triângulo das Bermudas - Parte 3 – Teorias

Na terceira e última parte conheceremos algumas possível explicações sobre o que poderia causar os desaparecimentos de navios e aeronaves no Triângulo das Bermudas. Restos da Atlântida, atividade alienígena, bolhas de gás e nuvens eletrônicas são algumas das teorias.

Δ***O Triângulo das Bermudas é uma área que varia, aproximadamente, de 1,1 milhão de km² até 3,95 milhões de km². Essa variação ocorre em virtude de fatores físicos, químicos, climáticos, geográficos e geofísicos da região, que influem decisivamente no cálculo de sua área, situada no Oceano Atlântico entre as ilhas Bermudas, Porto Rico, Fort Lauderdale (Flórida) e as Bahamas. A região notabilizou-se como palco de diversos desaparecimentos de aviões, barcos de passeio e navios, para os quais se popularizaram explicações extrafísicas e/ou sobrenaturais.

Uma das possíveis explicações para estes fenômenos são os distúrbios que esta região passa, no campo magnético da Terra. Um dos casos mais famosos é o chamado voo 19. Muito embora existam diversos eventos anteriores, os primeiros relatos mais sistemáticos começam a ocorrer entre 1945 e 1950. Alguns traçam o mistério até Colombo. Mesmo assim, os incidentes vão de 200 a não mais de 1000 nos últimos 500 anos. Howard Rosenberg afirma que em 1973 a Guarda Costeira dos EUA respondeu a mais de 8.000 pedidos de ajuda na área e que mais de 50 navios e 20 aviões se perderam na zona, durante o último século.
Muitas teorias foram dadas para explicar o extraordinário mistério dos aviões e navios desaparecidos. Extraterrestres, resíduos de cristais da Atlântida, humanos com armas antigravidade ou outras tecnologias esquisitas, vórtices da quarta dimensão, estão entre os favoritos dos escritores de fantasias. Campos magnéticos estranhos e emissões de gás metano do fundo do oceano são os favoritos dos mais técnicos. O tempo (tempestades, furacões, tsunamis, terremotos, ondas, correntes), e outras causas naturais e humanas são as favoritas entre os investigadores céticos.
***Fonte: Wikipedia.org

     “A história do Triângulo das Bermudas abrange eventos toldados pelas névoas de lendas antigas e modernas, pelas aberrações aparentemente intermitentes das forças das forças naturais e teorias de físicas ainda não desenvolvidas e que poderiam revolucionar nossos conceitos prévios. 
O triângulo das Bermudas nos leva de volta às terras perdidas e que se afundaram, a visitantes de nossa Terra através dos séculos,  vindos de um espaço exterior ou interior e cuja procedência e finalidades nos são até agora desconhecidas.”

Charles Berlitz Δ
_in “O Triângulo das Bermudas” (1974)