terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mutilação Genital Feminina - MGF

A Mutilação Genital Feminina é uma violação dos Direitos Humanos!”                                                                                                                          Amnistia Internacional*
No passado dia 6 de Fevereiro foi o dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Feminina!
É uma prática que tem sido definida e estudada por diversas organizações, sendo que a Amnistia Internacional define a Mutilação Genital Feminina (MGF) como incluindo “todas as intervenções que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos externos, ou que provoquem lesões nos órgãos genitais femininos por razões não-médicas”.
Apresentada por quem a defende como uma tradição ancestral, com raízes religiosas, a verdade é que a MGF é uma grave ameaça à saúde de crianças, jovens e mulheres adultas: inclui danos ao nível da saúde mental, sexual e reprodutiva; reforça a vulnerabilidade ao VIH; incrementa riscos obstétricos, com consequências fatais.
Tal mutilação é uma afronta aos direitos das mulheres e crianças.
Concretamente, a prática consiste na remoção de uma parte ou a totalidade dos órgãos sexuais de mulheres e crianças. Há vários tipos e com gravidades diferentes. Segundo as várias tradições, são removidos o clitóris ou os lábios vaginais. Uma das práticas de maior gravidade – a chamada infibulação – consiste na costura dos lábios vaginais ou do clitóris, deixando uma abertura pequena para a urina e a menstruação. A MGF é levada a cabo em várias idades, desde depois do nascimento até à primeira gravidez, tendo a maioria lugar entre os quatro e oito anos.
Existindo em cerca de 30 países, de África, Médio Oriente e Ásia, esta prática cruel tem também expressão em comunidades imigrantes na Europa, América do Norte e Austrália, onde nas últimas décadas, chegaram e aí se fixaram muitas pessoas oriundas de regiões onde esta prática tradicional nefasta existe e, também por isso, os Governos e as ONG’s não a podem ignorar, nomeadamente quando praticada nos seus territórios nacionais. Em Portugal também há registo de casos!
Para a combater, é importante, desde logo, ter-se consciência de que tal costume não é uma regra religiosa, já que nenhuma religião a defende ou obriga. A MGF é transversal a muitas religiões, embora seja, comum e erradamente, maioritariamente associada a comunidades muçulmanas ou islâmicas, a circuncisão feminina baseia-se apenas na ancestralidade do costume. Veja-se, por exemplo, que de entre os 114 capítulos do livro sagrado islâmico, não há um que aponte claramente para a obrigação ou necessidade da mutilação feminina. O mesmo se podendo dizer quanto ao livro sagrado dos católicos. Não obstante, este costume vai logrando continuidade, advogando-se argumentos falaciosos: afirma-se que é uma maneira de manter viva a identidade cultural; uma forma de coesão social através do sentimento de pertença à comunidade e uma forma de purificação espiritual.
Evidentemente, a Amnistia Internacional respeita a autodeterminação dos povos. Ela é também um direito fundamental, bem como a liberdade religiosa. E preconizamos também a existência simultânea de culturas diferentes, mas não podemos conceder que exista seja que cultura for que condicione a dignidade, a vida e a saúde de outros seres humanos! E por isso recusamos que os princípios da liberdade religiosa e da preservação de diferentes culturas possam ser invocados para permitir uma ofensa tão gritante à dignidade humana como é a mutilação genital!
Defendendo os Direitos Humanos como valores básicos de cada ser humano, a Amnistia Internacional obviamente condena a amputação de órgãos perfeitamente saudáveis, sendo tal mutilação uma afronta aos direitos das mulheres e crianças.
Os relatórios da especialidade mostram que entre 100 a 140 milhões de mulheres adultas, crianças e jovens são vítimas de Mutilação Genital Feminina e que, a cada ano, cerca de 3 milhões estão em risco.
Sensibilizar é a palavra de ordem! Erradicar esta prática é o objetivo!
Colabore conosco, pelos Direitos Humanos!
"A Deusa torna o corpo e vida sagrados: o seu órgão simbólico é o útero e o seu órgão de conhecimento é o coração. Tanto o coração como o útero são vasos pelos quais a vida desperta. Um sustenta a vida, o outro traz novas vidas ao mundo."

_*Fonte: Núcleo de Chaves da Amnistia Internacional
http://diarioatual.com/?p=140262 
Mutilação Genital Feminina

Impresionante Testimonio contra la Mutilación Genital Femenina


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mulheres no Fisco do Março Lilás

Março Lilás: mês inteiro para impulsionar o fisco das políticas de atenção à Mulher
Movimento Março Lilás
Lançado em 2010, em Fortaleza, foi idealizado a partir do sonho de um grupo de mulheres militantes dos movimentos sociais, tendo à frente, Valéria Mendonça, hoje, também Membro do Fórum de Mulheres no Fisco. É um Movimento suprapartidário que desenvolve ações e atividades na perspectiva de gerar melhorias reais na vida das mulheres, baseado em 17 frentes de luta elencadas em sintonia com outros movimentos, projetos e, sobretudo, alinhadas ao que preconiza a ONU Mulheres e a Secretaria Nacional de Políticas Públicas para Mulheres.
Março Lilás trás  um mês de atividades para mulheres de todas as idades, classe social, raça/etnia, orientação sexual ou escolaridade. A expectativa das organizadoras é de envolver toda a sociedade, durante todo o mês, em toda programação que vai até 31 de março.
Segundo a coordenadora, Valéria Mendonça, o principal benefício do movimento é impulsionar as políticas públicas para mulheres nas atuais frentes de atuação. De acordo com ela, o movimento já está consolidado no âmbito municipal, estadual e agora, também, no âmbito nacional por meio da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e internacionalmente através da ONU mulheres.
Em 2012, o Instituto Maria da Penha (IMP) passou a integrar o Movimento Março Lilás como entidade realizadora, parceiro de importantes movimentos sociais de mulheres, tem na figura de sua idealizadora Maria da Penha, o maior exemplo de luta e superação.
“Esperamos que nesta edição, agora integrando a Coordenação no FMFi – Fórum de Mulheres no Fisco,  nos tornemos um movimento cada vez mais abrangente e comprometido com a melhoria de vida das mulheres em todos os aspectos”, diz Valéria. A intenção, informa, é que as mulheres percebam no movimento  e nesta campanha uma ferramenta que as ajude a conquistar autonomia e adequar-se à nova ordem mundial.
Uma das frentes mais importantes do Março Lilás é a Integração dos movimentos sociais de mulheres, como agora nesta atuação com o Fórum de Mulheres no Fisco, o FMFi. O Março Lilás busca a inclusão social para que as mulheres tenham a possibilidade de ser incluídas no mundo do trabalho, com direito à Saúde, Segurança, Qualidade de Vida e Dignidade Humana.

Fórum de Mulheres no Fisco
Surgido, a princípio, como um Grupo de Mobilização nas Redes Sociais em março de 2012, o Fórum de Mulheres no Fisco – FMFi (leia-se: “femefi”) foi lançado oficialmente em 31 de outubro de 2013*, em Fortaleza-CE, com o objetivo maior na busca da equidade entre mulheres e homens, bem como com a proposta de promover a reflexão sobre a mulher no trabalho, na política, nos esportes, na cultura e nas artes, nos projetos sociais, além da preocupação com a saúde, a visão holística, os direitos, a qualidade de vida e sua interação com o meio ambiente.
“Após seu lançamento
, percebemos que temos a urgente necessidade em efetivar ações para, na prática, compreender o seu valor.” De acordo com Gláucia Lima, uma das idealizadoras do Fórum de Mulheres no Fisco, o FMFi tem dado mostras de suas capacidades, apresentando inclusive seu papel internacionalmente.  Assim, ressalta, “compreendemos que, uma vez integrado ao Movimento Março Lilás, esta necessidade de dar vasão a tantas ações, conforme se nos apresentou o Outubro Rosa**, o façamos agora, em parceria com importante movimento social para mulheres. Assim, atuando em conjunto e/ou parceria com outros movimentos e entidades de mesmo matiz, ajuda-nos a viabilizar possibilidades, minimamente que seja, de desenvolver seu potencial. E, em acordo com suas matrizes de ações, preocupadas e atentas às mulheres e minorias, atuar em condições seguras, priorizando a saúde e a não violência à Mulher”, afirmou.
Para Gláucia, uma das coordenadoras do Fórum de Mulheres no Fisco, o FMFi, que constitui um movimento com autonomia, deve cuidar sempre em preservar seus ideais na sociedade, visando estimular, esta mesma sociedade, a compreender o valor intrínseco da mulher como ator social e agente político, igualmente capacitada para contribuir na construção de uma nova sociedade.
“Acreditamos que juntando estas forças conseguiremos, resultante de uma luta conjunta, os objetivos sonhados”, concluiu.
O Fórum de Mulheres no fisco é aberto à participação de todas e todos, homens e mulheres que buscam a equidade, constituindo um espaço de organização, mobilização, discussão, deliberação e articulação político-social através de uma ação conjunta. Temas universais tais como os preconceitos em todas as suas manifestações (cor, gênero, credo, nacionalidade, naturalidade, socioeconômico), bullying, assédio moral, dentre outros, também são tratados pelo Fórum.
Fórum de Mulheres no Fisco, no fisco da vida, no fisco da sustentabilidade, no fisco das artes e da cultura, dos seres no planeta, no fisco dos direitos da cidadania, no fisco da educação, da saúde e da segurança, no fisco dos tributos e sua aplicação e, no fisco das políticas de atenção à Mulher. 

_ Informações:
Movimento Março Lilás/MML – Valéria Mendonça
Fórum de Mulheres no Fisco/FMFi – Gláucia Lima

*Link para: Manifesto do Fórum de Mulheres no Fisco e matéria e imagens do Lançamento do FMFi
Ser ¡Voz!
http://glaucialimavoz.blogspot.com.br/2013/12/fmfi-forum-de-mulheres-no-fisco-porum.html

**Link para: Outubro Rosa – Como Surgiu

Programação Março Lilás - 2014 (em construção)


DIA
AÇÃO
LOCAL
08 DE MARÇO
ATO PÚBLICO
PRAÇA DO FERREIRA
12 DE MARÇO
CAFÉ COM JUSTIÇA
SECRETARIA DE JUSTIÇA
14 DE MARÇO
LANÇAMENTO CD LILÁS “MULHERES DE TALENTO”
DRAGÃO DO MAR
15 DE MARÇO
COPA LILÁS E LANÇAMENTO MULHERES NA COPA
IDEAL CLUBE (A CONFIRMAR)
19 DE MARÇO
VISITA AO HOSPITAL DA MULHER
HOSPITAL DA MULHER
25 DE MARÇO
1º LOBBY DAY LILÁS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
27 DE MARÇO
1º LOBBY DAY LILÁS
CAMARA DOS DEPUTADOS
28 DE MARÇO
MULHERES NO FISCO DO MARÇO LILÁS (FMFi - Fórum de Mulheres no Fisco)
Evento dia inteiro com Arte, Conferência, Debate, Coquetel e Música dançante
HOTEL SONATA DE IRACEMA
30 DE MARÇO
LANÇAMENTO AMEC
CDL (A CONFIRMAR)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

U R G E N T E = Diga, NÃO: Bolsonaro quer presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

Bolsonaro está prestes a se tornar o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. É loucura! Vamos dizer às lideranças partidárias que queremos alguém com um histórico de luta pelos direitos humanos. A eleição da presidência da comissão é amanhã! Assine agora e envie para todos! 
Bolsonaro e direitos humanos são coisas contraditórias. Mas, por incrível que pareça, tudo indica que ele vai ser o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), para suceder a Feliciano. Só temos um dia para evitar que isso aconteça! 
Não permitam a destruição da Comissão de Direitos Humanos!
Bolsonaro não nos representaFeliciano nunca nos representou!
Os Direitos Humanos estão sob intenso ataque no parlamento e não podemos permitir que se repita o que aconteceu no ano passado! 

"Raposas cuidando do galinheiro!" Ouvimos muito disso entre fevereiro e maio do ano passado, com Feliciano, Blairo Maggi e afins. Agora estamos sob o fantasma de Bolsonaro presidindo a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Bolsonaro é claramente racista, homofóbico e anti-indígena. 

É preciso sinalizar que a troca de informações entre os movimentos e a cooperação está mais forte do que nunca graças também a todo aquele aparelho repressivo que vimos para proteger apenas as elites e em desfavor a quem teve a coragem de clamar por cidadania. Nós aprendemos bastante com 2013, ou não?! 

Há vários deputados e deputadas que seriam uma escolha melhor para este cargo tão importante, mas os grandes partidos têm prioridades diferentes, e, de vez em quando, deixam a Comissão de Direitos Humanos para oportunistas procurando por um palco para se exibir. Para quem não sabe, Bolsonaro já deu declarações racistas, homofóbicas, machistas e anti-democráticas. É esse o líder que queremos para representar as minorias do país? Não, por isso é fundamental que a gente manifeste, desde já, a nossa insatisfação. 

Machistas, Racistas,
Antidemocráticos,  
Anti-indígenas e Homofóbicos!

Diga NÃO a ele na Presidência da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
Bolsonaro quer presidir
 a Comissão de Direitos
  Humanos e Minorias 
            (CDHM)
Diga NÃO a ele na Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
Vamos dizer aos líderes partidários que queremos alguém com um histórico na luta de direitos humanos presidindo a CDHM. Assine agora, passe adiante e mobilize o máximo de pessoas que puder. O tempo urge! As eleições para presidência das comissões são amanhã! 

http://www.avaaz.org/direitos_humanos 

De acordo com o próprio site da Câmara dos Deputados “Pelas comissões, centenas de propostas legislativas e temas são discutidos, com a participação da sociedade.” Infelizmente, no ano passado, o público foi impedido de participar de inúmeras sessões pois Feliciano não permitiu. 

E é provável que isso aconteça de novo, caso Bolsonaro seja eleito. Não precisamos de inimigos dos direitos humanos, mas sim de verdadeiros líderes que lutam pelas minorias e que constroem uma sociedade mais democrática escutando o que ela têm para dizer. 

E o que ela tem para dizer, agora, é: Bolsonaro não. 

http://www.avaaz.org/direitos_humanos 
Saiba mais:
De olho na comissão de Direitos Humanos, Bolsonaro avisa que nem gays, nem negros vão atrapalhar (R7)
http://noticias.r7.com/brasil/de-olho-na-comissao-de-direitos-humanos-bolsonaro-avisa-que-nem-gays-nem-negros-vao-atrapalhar-11022014 


Muita gente já sabe da existência dessa comissão, algo sem precedente na nossa história democrática, então basta perguntá-las se acham aceitável que o Congresso coloque alguma figura obscura e preconceituosa na pasta de direitos humanos, construída essencialmente para ser um espaço contra hegemônico, e dá-las a chance de se manifestarem, na rua ou virtualmente, de que exigem coerência da classe política ao invés do verdadeiro circo de horrores que é o Congresso Nacional. 

Queremos o mínimo e o razoável, que gente que tenha histórico na luta dos direitos humanos presida essa comissão. Não podemos deixar que esta comissão caia nas mãos de pessoas que se importam apenas em criar confusão e chamar atenção da imprensa para polêmicas, ou que querem destruir a defesa de direitos fundamentais, garantidos na nossa Constituição. Junte-se a esta petição agora. 

- Veja as atribuições da Comissão de Direitos Humanos e Minorias: 

Suas atribuições constitucionais e regimentais são receber, avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos; discutir e votar propostas legislativas relativas à sua área temática; fiscalizar e acompanhar a execução de programas governamentais do setor; colaborar com entidades não-governamentais; realizar pesquisas e estudos relativos à situação dos direitos humanos no Brasil e no mundo, inclusive para efeito de divulgação pública e fornecimento de subsídios para as demais Comissões da Casa; além de cuidar dos assuntos referentes às minorias étnicas e sociais, especialmente aos índios e às comunidades indígenas, a preservação e proteção das culturas populares e étnicas do País.
http://www.avaaz.org/po/petition/Liderancas_partidarias_do_Congresso_Nacional_Nao_permitam_a_destruicao_da_Comissao_de_Direitos_Humanos/?tjHDcdb

_Fonte: Avaaz.org

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Os sete hábitos das pessoas altamente infelizes

É apenas quando percebemos que cada um de nós é 100% responsável pela sua própria felicidade que começamos a notar as coisas que fazemos e que criam nossa infelicidade. Somente quando aceitamos completamente a responsabilidade por nossa própria felicidade é que começaremos a eliminar os hábitos que sabotam nossa alegria e contentamento. São hábitos que muitos de nós aprendemos a justificar (um hábito por si só), já que frequentemente não queremos ver e aceitar que eles são a causa do nosso sofrimento. Eles também são hábitos que, às vezes, queremos ver como naturais, uma vez que aparentemente formam o tecido dos nossos relacionamentos do dia a dia. Eles são os 7 hábitos das pessoas altamente infelizes.

 *Mike George

Julgar
Você já notou que quando julga outra pessoa perde sua paz interior? E paz interior é o ingrediente básico da felicidade autêntica. Não aprendemos apenas a julgar, mas junto com nosso julgamento frequentemente vem uma sentença ou punição. E todos juntos - julgamento, sentença e punição – fazem o pacote chamado condenação, que garantidamente é um assassino da felicidade.

Criticar
Quando criticamos significa que estamos atacando, e em algum lugar está a raiva. E quando você está com raiva não pode ser feliz. Alguns de nós tentamos justificar nosso ataque, ao chamá-lo de crítica construtiva, mas se há alguma raiva presente, frequentemente será revanche ou punição. Definitivamente não é um hábito feliz.

Reclamar
Parece endêmico em algumas culturas reclamar. Reclamação sinaliza a presença de insatisfação, e logo a ausência da felicidade. Diferente de dar um feedback ou fazer uma solicitação, casos em que não há descontentamento. É uma teoria fácil, mas difícil de ser praticada, especialmente se temos usado aquela velha gravação da reclamação por toda a nossa vida.

Culpar
Projetar a culpa em alguém mais não é apenas um assassino da felicidade, mas muitas vezes uma estratégia para fugir da responsabilidade. É conduzida pela combinação perfeita da raiva e do medo, e, portanto, é um grito doloroso que soa como “É tudo por sua culpa”, mas que, quando decodificado, realmente significa “Eu me tornei tão infeliz!!”

Argumentar
Tentar provar que estamos certos, ou tentar fazer o outro tão certo quanto nós, é um negócio tenso, em que nenhum dos lados está feliz no processo, e mesmo que pareça que um dos lados venceu, qualquer felicidade é de curta duração, até que a próxima oportunidade de estar certo seja invocada. Argumentar é dizer para o mundo que preferimos a miséria ao mérito.

Competir
Não é tão fácil perceber porque o hábito de competir nos dá infelicidade. A maioria de nós assimilou a crença de que a competição é boa, divertida e até mesmo alegre. Mas tudo o que temos de fazer é olhar para as faces de corredores de maratonas, jogadores de tênis ou mesmo jogadores de sinuca. Veremos que 99% do jogo é jogado num estado de sofrimento. Ocasionalmente, no meio do jogo, ou da partida, alguém vai expressar um pouquinho de alegria, mas não dura muito tempo. Toda a competição contém medo por definição, que juntamente com a raiva é inimigo da felicidade.

Controlar
Tentar fazer com que os outros dancem a sua música é sempre uma missão impossível. Esperar que o mundo fizesse tudo como desejamos é uma expectativa muito distante. Ambos são demonstração de que ainda acreditamos que os outros são responsáveis pela nossa felicidade. É uma crença que comanda o mundo. Se a verdade fosse percebida e vivida, o mundo seria muito diferente. Talvez um dia!!


Então esses são os hábitos. Somente sete dentre vário que nós ativamos algumas e muitas vezes durante nosso dia. E ao fazer isso bloqueamos a luz do sol da felicidade de brilhar em nossa vida. Cada hábito está embebido em uma cultura na qual se tornou socialmente aceito pensar e agir dessa forma. Logo, se percebermos, somos coniventes uns com os outros em sustentar nossa infelicidade. E à medida que fazemos isso, passaremos esses sete hábitos das pessoas altamente infelizes para as próximas gerações!

Pergunta: Qual dos hábitos acima você identifica em você mais frequentemente?  
         
Reflexão: por que você acha que todos nós aprendemos a sustentar nossa própria infelicidade e não percebemos que fazemos isso?                                                                   
Ação: tire 10 minutos e decida qual seria o equivalente positivo para cada um dos hábitos acima.

*Mike George é professor da Brahma Kumaris no Reino Unido, autor do livro Viva com Sabedoria, dentre outros

_Fonte: Revista Vida Plena
ANO VI – Edição Nº 41 - 2010

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

*CARTA-MANIFESTO AO SINTAF/CE

“Não confunda a reação do oprimido com a violência do opressor!” 
A opressão do homem pelo homem iniciou-se com a opressão da mulher pelo homem.” Karl Marx
Um espectro ronda a categoria fazendária - o espectro da dissensão obsequiosa. A categoria fazendária sofre de uma dissidência velada, de efeitos deletérios. Servidores que, sob o manto da união via diretoria do Sintaf, atuam na contramão dos objetivos sindicais.
Que colega fazendário ou fazendária poderá contrapor-se frontalmente ao Estatuto do Sintaf e, em nome de uma posição não alinhada com os interesses da categoria, agir em condição de vassalagem aos interesses patronais sem ser questionado ou questionada?
Que colega fazendário ou fazendária, por sua vez, não poderá manifestar-se no mais legítimo fórum de debates que é a Assembleia da categoria?
Que direito tem um colega na condição de diretor do Sintaf se arvorar o poder de impedir uma filiada de se manifestar nessa mesma assembleia? Que direito tem um colega servidor que, na condição de diretor jurídico do Sintaf, ameaça com truculência e publicamente uma servidora - filiada de primeira hora à entidade sindical da categoria fazendária cuja história de lutas em defesa da categoria só honra e dignifica essa mesma servidora?
Que pensar quando o diretor jurídico da entidade representativa da categoria age de forma profundamente desrespeitosa contra uma filiada, em plena assembleia, extrapolando todos os limites da compreensão - com totalitarismo e agredindo os princípios mais elementares da democracia, estatutários e constitucionais? Que dizer quando um diretor do Sintaf perde a noção de debate e não admite a divergência esquecendo completamente que a discussão tem que ficar no campo das ideias?
O que pensar de um colega fazendário na condição de diretor do Sintaf conduzindo a assembleia dizer ao microfone que essa mesma filiada que se pronuncia mostrando-se indignada com a condução do processo naquela ocasião, deva mesmo se retirar? Reproduzo ipsis litteris: “É melhor que você saia mesmo!” Melhor pra quem, cara pálida?
Que dizer ainda de outro diretor que – em plena assembleia – deixa a mesa de onde conduz os debates e vai “abanar a cara” da filiada, fazendo-lhe ameaças com o argumento explícito “vou processar você!”?
Oportunamente, vale a pergunta: E quanto aos processos perdidos pelo Sintaf tendo à frente da Coordenação Jurídica como responsável pelas demandas esse mesmo diretor?
Idem a outro questionamento: E os processos que, de fato, esse mesmo fazendário diretor do Sintaf deveria entrar com ações em prol dos servidores e servidoras?
Não bastasse, nessa mesma assembleia, um terceiro diretor, compartilhando a direção dos trabalhos – condição que exige atitude ética, de retidão e respeito aos presentes - porta-se como uma marionete, exibindo gestos burlescos e mímicas caricatas, revelando uma postura igualmente deselegante, agressiva e preconceituosa de gênero direcionada especialmente a mim, durante minha intervenção naquela oportunidade.
Duas conclusões decorrem desses fatos:
1ª – Persiste de maneira indelével e velada na categoria fazendária a opressão de gênero.
2ª – É tempo de superar essa realidade retrógrada e tacanha, colonial e ignóbil, estúpida e disparatada, desprovida de qualquer senso de habilidade e perspicácia – dadas as necessidades, objetivos, ideais e anseios comuns a mulheres e homens. Somos todos trabalhadores iguais – estamos sob as mesmas regras, a mesma relação de trabalho e legislações - independente da condição temporal de um e de outro.
A que ponto chegamos! Para superar essa realidade indesejável e indigesta, a quem devemos recorrer?
FATO RELEVANTE - A gestão atual do Sintaf recebeu meu apoio durante a última campanha eleitoral (muito a contragosto, é verdade). E não só recebeu meu apoio como foi prestigiada por mim que até me manifestei com artigo em prol do grupo. Além de filiada, sou mulher e sou cidadã. Ademais, sou companheira de um diretor, que mesmo presente àquele “circo”, em nenhum momento perdeu a hombridade. Ao contrário, manteve a dignidade e o respeito que lhe são inatos e portou-se na mais eloquente condição ética e moral. Em nenhum momento meu companheiro faltou com o respeito a nenhum dos presentes - em todas as instâncias e em todas as fases da referida assembleia.
Reafirmo meu mais autêntico repúdio e a minha mais sincera indignação às atitudes desrespeitosas cometidas pelos diretores que agiram de forma intempestiva e deselegante num momento que exigia de todos respeito ao contraditório e às diferenças no campo das ideias.
Apresento simultaneamente o meu mais cordial e afetuoso respeito aos que se portaram com urbanidade, educação, coerência e solidariedade. Estou convencida de que, apesar de silentes, nem todos concordaram com as violências praticadas - inclusive meu companheiro. Compreendo que para ele foi ainda mais difícil. Afinal, todos sabem tão bem quanto eu que ele jamais agiria com tamanho desrespeito contra qualquer pessoa, principalmente uma mulher. Portanto, fica mais uma pergunta: E se essa mulher fosse a companheira de um desses diretores?
Esse levante é também um manifesto de apoio à única diretora do Sintaf com quem nos ombreamos numa luta conjunta no Fórum de Mulheres no Fisco (FMFi), grupo onde buscamos diuturnamente com outros companheiros e companheiras a igualdade de gêneros como alternativa de comunhão em igualdade, fraternidade e solidariedade em todas as esferas da sociedade e em todas as instâncias de poder.
Discursos repetitivos, melífluos, eivados de solércia, falando de conquistas com o governo, convites ao governo, fazendo terrorismo com a categoria! Companheiros fazendários, a hora é de reflexão: Sindicato não é assessoria de Governo. Não tem que fazer palanque pra Governo, não!
Ou será que ninguém percebe o significado da expressão “vender a alma”, a expressão “negociar a alma”?
Ainda cabe mais uma pergunta: Quanto tempo ainda vai perdurar esse fazendário-diretor e outros tantos na direção do Sintaf com postura marcada pelo fisiologismo?
Engana-se redondamente quem julga ser tamanha a parvoíce dos colegas filiados. Não se deve confundir o silêncio de muitos com aprovação a atitudes solertes e sorrateiras indesejáveis. Como alertava o grande Martin Luther King, nos idos dos anos 1960, o que preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Nesse diapasão, mais uma indagação: O que leva alguns a subestimar a capacidade dos outros de perceber determinados comportamentos? Seria apenas um insulto à habilidade de compreensão da categoria? Poupem-nos!
Ao contrário do que alguns possam pensar, eu vou à LUTA! “hasta siempre”. Alguém precisa se retratar. É imperiosa a necessidade para lidar com o contraditório, com a oposição e com a crítica. Nenhuma diretoria é dona do sindicato. O sindicato somos nós, filiadas e filiados!!! Independente da vontade de quem quer que seja. Queiramos ou não!
Este manifesto será divulgado e o farei chegar ao conhecimento de toda a sociedade. Não vamos admitir silentes ao tratamento que alguns diretores me dispensaram na última assembleia da categoria fazendária, naquela fatídica manhã de 31 de janeiro de 2014. Outras entidades e muitos sindicatos tomarão conhecimento desse fato torpe de que fui vítima e já estão colocando em pauta de suas Assembleias o repúdio à agressão que sofri.

“Nada causa mais horror à ordem que mulheres que lutam e sonham!” José Martí

FAZENDÁRIOS E FAZENDÁRIAS DO CEARÁ – UNI-VOS!!!

*Gláucia Lima – fazendária filiada ao Sintaf/CE
Coordenadora do Fórum de Mulheres no Fisco –FMFi (leia-se: “femefi”)
Fortaleza, 3 de fevereiro de 2014

Gláucia Lima - Blog: Ser ¡Voz! – espaço que intenciona abrigar todo SER, toda ¡VOZ! http://glaucialimavoz.blogspot.com.br/

Facebook: Gláucia Lima / Twitter: @Glaucia_Lima_


"Sonha e serás livre de espírito... Luta e serás livre na vida." Che Guevara

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Beato José Lourenço - Líder do Caldeirão *

José Lourenço Gomes da Silva, líder da comunidade Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, localizada na zona rural do Crato (Ceará),nasceu em Pilões de Dentro-1872 e faleceu aos 74 em 12 de fevereiro de 1946.
José Lourenço trabalhava para latifundiários paraibanos como agricultor. Cansado do trabalho árduo e mal remunerado, mudou-se para Juazeiro do Norte, atraído pela devoção ao Padre Cícero. Lá, conquistou a confiança do sacerdote e foi encarregado de liderar uma missão, para onde Padre Cícero enviaria os flagelados da região. José Lourenço então arrendou terras no sítio Baixa Dantas para iniciar a produção.
A comunidade se desenvolveu rapidamente, o que despertou a fúria dos fazendeiros da região. Com bastante esforço de José Lourenço e os demais romeiros, em pouco tempo a terra prosperou, e eles produziram bastante cereais e frutas. Diferente das fazendas vizinhas, na comunidade toda a produção era dividida igualmente.
José Lourenço tornou-se líder daquele povoado, e se dedicou à religião, à caridade e a servir ao próximo. Mesmo analfabeto, era ele quem dividia as tarefas e ensinava agricultura e medicina popular. Para o sítio Baixa Dantas eram enviados, por Padre Cícero, assassinos, ladrões e miseráveis, enfim, pessoas que precisavam de ajuda para trabalhar e obter sua . Após o surgimento da Sedição de Juazeiro, da qual José Lourenço não participou, suas terras foram invadidas por jagunços. Com o fim da revolta, José Lourenço e seus seguidores reconstruíram o povoado.
Em 1921, Delmiro Gouveia presenteou Padre Cícero com um boi, chamado Mansinho, e o entregou aos cuidados de José Lourenço. Com o intuito de pôr a comunidade em descrédito, os inimigos de Padre Cícero, se aproveitaram disso espalhando boatos de que membros da Comunidade idolatravam (as pessoas estariam adorando) o boi como a um Deus
A Igreja Católica, que já estava irritada com os supostos fenômenos sobrenaturais ocorridos em Juazeiro do Norte, pressionou Padre Cícero para que tomasse uma decisão. Por conta disso, o boi foi morto e José Lourenço foi preso a mando de Floro Bartolomeu que ordenou que sacrificassem o boi e prendessem José Lourenço. O beato foi solto algumas semanas depois por influência de Padre Cícero.
Depois da confusão, José Lourenço decidiu transferir a comunidade para o Caldeirão, um local mais afastado. Entretanto as perseguições continuaram e em 1937, a comunidade foi invadida e arrasada por forças estaduais e federais, com apoio do setor religioso e latifundiários locais.
ruínas da casa onde morou o
beato José Lourenço
(foto do Diário do Nordeste)
Em 1926, o sítio Baixa Dantas foi vendido e o novo proprietário exigiu que os membros da comunidade saíssem das terras. Com isso, Padre Cícero resolveu alojar o beato e os romeiros em uma grande fazenda denominada Caldeirão dos Jesuítas, situada no Crato, onde recomeçaram o trabalho comunitário, criando uma sociedade igualitária que tinha como base a religião. Toda a produção do Caldeirão era dividida igualmente, o excedente era vendido e, com o lucro, investia-se em remédios e querosene.
No Caldeirão cada família tinha sua casa e órfãos eram afilhados do beato. Na fazenda também havia um cemitério e uma igreja, construídos pelos próprios membros. A comunidade chegou a ter mais de mil habitantes. Com a grande seca de 1932, esse número aumentou, pois lá chegaram muitos flagelados. Após a morte de Padre Cícero, muitos nordestinos passaram a considerar o beato José Lourenço como seu sucessor.
Devido a muitos grupos de pessoas começarem a ir para o Caldeirão e deixarem seus trabalhos árduos, pois viam aquela sociedade como um paraíso, os poderosos, a classe dominante, começaram a temer aquilo que consideravam ser uma má influência.
Caldeirão era uma comunidade autossustentável que dava abrigo às famílias camponesas que fugiam da exploração imposta pelos latifundiários, podendo ser comparada com Canudos.
seguidores do Beato José Lourenço no
Sítio Caldeirão. O massacre promovido
pela polícia vitimou adultos e crianças
Massacre
Em 1937, sem a proteção de Padre Cícero, que falecera em 1934, a fazenda foi invadida e destruída por grandes latifundiários e pelas forças do governo de Getúlio Vargas, que acusavam a comunidade de comunismo. Os sertanejos sobreviventes dividiram-se, ressurgindo novamente pela mata em uma nova comunidade, a qual em 11 de maio foi invadida novamente, mas dessa vez por terra e pelo ar, quando aconteceu um grande massacre, com o número oficial de 400 mortos (outras estimativas, no entanto, chegam a mais de mil pessoas mortas). Os familiares e descendentes dos mortos nunca souberam onde encontra-se os corpos, pois o Exército Brasileiro e a Polícia Militar do Ceará nunca informaram o local da vala comum na qual os seguidores do Beato foram enterrados. Presume-se que a vala coletiva encontra-se no Caldeirão ou na Mata dos Cavalos, na Serra do Cruzeiro (região do Cariri).
José Lourenço fugiu para Exu/PE, onde morreu aos 74 anos (1946), de peste bubônica, tendo sido levado por uma multidão para Juazeiro, onde foi enterrado no cemitério do Socorro.
No dia 12 de fevereiro de 1946, José Lourenço morre de morte natural na Fazenda União. Seus seguidores atravessando a serra carregam seu corpo por treze léguas. Caminham por toda a noite e, ao raiar do dia chegam a Juazeiro, onde o beato é velado pelos romeiros.  José Lourenço foi enterrado no Cemitério do Socorro, bem ao lado da igreja onde se encontra o corpo de Padre Cícero.
Caldeirão
O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto foi um dos movimentos messiânicos que surgiu nas terras no Crato, Ceará. A comunidade era liderada pelo paraibano de Pilões de Dentro, José Lourenço Gomes da Silva, mais conhecido por beato José Lourenço.
No Caldeirão, os romeiros e imigrantes trabalhavam todos em favor da comunidade e recebiam uma quota da produção. A comunidade era pautada no trabalho, na igualdade e na Religião.
Caldeirão hoje
Da época da Irmandade do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, existem ainda a capela branca, que tem como padroeiro Santo Inácio de Loyola, ao lado da ermida, duas casas, um muro de laje de um velho cemitério, um cruzeiro e no alto as ruínas da residência do beato José Lourenço.
Atualmente, 47 famílias revivem o sonho coletivo de produção idealizado por José Lourenço, num sítio denominado Assentamento 10 de Abril2 a 37 km do centro do Crato. No local encontram-se 47 casas, sendo que 44 de alvenaria e uma escola, porém sem ostentar a grandeza atingida pelo então Caldeirão do beato José Lourenço .
das várias construções edificadas no Sítio Caldeirão para abrigar os camponeses participantes do movimento, restam a pequena capela de Santo Inácio de Loyola, relativamente conservada, e poucas casas em ruínas. Quanto à árida paisagem de entorno, esta permaneceu praticamente inalterada. (Foto Secult)
As famílias residentes mantém uma horticultura orgânica (couvecoentrocenouramacaxeiraalfacepimentão e espinafre estão entre as hortaliçascultivadas) e uma lavoura para auto-abastecimento. Parte dos homens também mantém um produtivo apiário, que contribui para os rendimentos do grupo.
ONG SOS Direitos Humanos entrou com uma ação civil pública no ano de 2008 na Justiça Federal do Ceará, contra o Governo Federal do Brasil eGoverno do Estado do Ceará, requerendo que o Exército Brasileiro:
·         a) torne público o local da vala comum,
·         b) realize a exumação dos corpos,
·         c) identifique as vítimas via exames de DNA,
·         d) enterre os restos mortais de forma digna,
·         e) indenize no valor de R$ 500 mil, todos os familiares das vítimas e os remanescentes,
·         f) inclua na história oficial, à título pedagógico, a história do massacre / chacina / genocídio do Sítio da Santa Cruz do Deserto, ou Sítio Caldeirão.
A pedido do Ministério Público Federal da cidade de Juazeiro do Norte, a ação foi extinta sem julgamento de mérito pelo juiz da 16ª Vara Federal de Juazeiro do Norte. A ONG SOS DIREITOS HUMANOS, inconformada com a decisão, recorreu ao egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª Região emRecife Pernambuco, requerendo que a ação seja julgada o mérito porque o crime cometido contra a comunidade do Sítio Caldeirão é de lesa humanidade, e portanto, imprescritível.
A ONG "SOS DIREITOS HUMANOS" no ano de 2009, denunciou o Brasil à OEA - Organização dos Estados Americanos, por crime de desaparecimento forçado de pessoas e para que seja obrigada a informar a localização da vala comum com as 1000 vítimas do Sítio Caldeirão. A entidade considera o sítio Caldeirão como o Araguaia do Ceará, uma vez que os militares mataram 1000 pessoas e após, enterraram em vala comum em lugar desconhecido da mata dos cavalos, em cima da Chapada do Araripe. A ONG está pedindo auxílio à entidades internacionais para que a vala comum seja encontrada, bem como, de geólogosgeofísicos e arqueólogos para identificar a localização da vala comum.
Em 1986 o cineasta Rosemberg Cariry, realizou um documentário rico em depoimentos de sobreviventes do massacre. Caldeirão é um movimento considerado como uma outra Guerra de Canudos.
A Cia. do Tijolo, grupo artístico, apresenta ainda (2010) espetáculo que conta a história do Caldeirão, e exalta também Patativa do Assaré, poeta nascido no nordeste brasileiro.

 Ações
Em 2008, a ONG cearense SOS Direitos Humanos ajuizou uma Ação Civil Pública na Justiça Federal do Ceará requerendo que a União Federal e o Estado do Ceará informem a localização da cova comum onde o Exército e a Polícia Militar do Ceará enterraram as vítimas do Sítio Caldeirão que massacraram em 1937.
A ação foi extinta sem julgamento de mérito pelo juiz da 16ª Vara Federal de Juazeiro do Norte/CE, a pedido do MPF que em seu parecer disse que:
·         a) o massacre ocorreu há mais de 70 anos e estava prescrito,
·         b) nao há como encontrar os restos mortais pelo tempo que o crime ocorreu.
A SOS DIREITOS HUMANOS inconformada com a decisão do juiz apelou ao TRF da 5ª região em Recife/PE aduzindo que:
·         a) o crime de desaparecimento de pessoas é imprescritível,
·         b) os restos mortais estão em local árido, a Chapada do Araripe, e portanto podem ser encontrada, a exemplo da família do Czar Romanov que foi morta em 1918 e encontrada nos anos de1991 e 2007.



 *Gláucia Lima (_Fontes diversas)

O Beato José Lourenço e a Sociedade do Caldeirão

Ceará em Fotos e História: http://cearaemfotos.blogspot.com.br/2012/09/o-beato-jose-lourenco-e-sociedade-do.html