“Jesus era na época
considerado um perigoso socialista, que tentava igualar os homens, nivelar as
fortunas e reduzir os poderes do mundo, que ousava pregar o amor para com o
inimigo e o perdão para o algoz. Era um líder poderoso, excêntrico e ao mesmo
tempo humilde, galvanizava os ouvintes pelos seus planos corajosos, pregando a
reforma do mundo material, mas, em seguida, advertia que o seu "reino não
era deste mundo"! Homem inteligente, hábil psicólogo e orador eloqüente,
não fazia conluios com os maiorais do mundo; verberava o pecado, mas perdoava o
pecador, revolucionava as massas contra a exploração da ganância humana, mas
proibia qualquer violência, desforra ou derramamento de sangue. Enfim, pensavam
os sacerdotes do Sinédrio, onde pretendia chegar esse homem que impressionava e
captava a simpatia das multidões, dispondo-as a segui-lo por toda parte? Qual a
sua intenção e o que pretendia, verberando as tradições conservadoras do mundo?
A verdade é que quando o corpo de Jesus estremeceu na cruz, algumas cortinas de
seda se fecharam apressadamente para o drama do Calvário, o qual, na verdade,
fora planejado sobre o luxo dos tapetes de veludo e ante o tilintar de taças de
cristal. Jesus, homem perigoso e portador de ideias socialistas avançadas, havia
sido finalmente eliminado do cenário terreno, cuja presença destemida e honesta
era incomodativa e prejudicial aos interesses dos fartos, avarentos e
exploradores da miséria humana.” Ramatis
Leonardo Boff, autor de "A nossa ressurreição na morte" (Vozes), escreveu o artigo: A ressurreição como insurreição), confiram também no link http://leonardoboff.wordpress.com/2012/04/07/a-ressurreicao-como-insurreicao/
Páscoa Social e de ComPaixão, NAMASTÊ!
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