Esta data foi escolhida como o Dia da Língua Portuguesa
por ser a data de falecimento de nosso maior representante Luís
Vaz de Camões e foi ele quem a batizou através de
sua magnífica obra “Os Lusíadas”.
A língua
portuguesa tem
origem no latim vulgar, oral, que os romanos introduziram na Lusitânia, região
situada ao norte da Península Ibérica, a partir de 218 a.C..
Com
a invasão romana da Península Ibérica, em 218 a.C., todos aqueles povos,
exceção dos bascos, passaram a conviver com o latim, dando início ao processo
de formação do espanhol, português e galego. Esse movimento de homogeneização
cultural, lingüística e política é denominado romanização. Até o século IX, a
língua falada era o romance, um estágio intermediário entre o latim vulgar e as
modernas línguas latinas, como o português, o espanhol e o francês. Essa fase é
considerada a pré-história da língua.
Do
século IX ao XII, já se encontram registros de alguns termos portugueses em
escritos, mas o português era basicamente uma língua falada. Do século XII ao
XVI foi a fase arcaica e do século XVI até hoje, a moderna. O fim do período
arcaico é marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em
1516. O português em Os Lusíadas, de Luís de Camões (1572), tanto na estrutura
da frase quanto na morfologia (o aspecto formal das palavras), é muito próximo
do atual.
Fonte:
UFGNet
Última flor do Lácio
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És a um tempo, esplendor e sepultura:
ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela.
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
És a um tempo, esplendor e sepultura:
ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela.
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
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