Há alguns anos, convidada pra abrir o 8 de Março, precisamente
em 2015, um mês após o assassinato de meu filho, e enquanto “Mulher no Fisco” (FMFi - Fórum de Mulheres no Fisco),
relatei este fato que havia se passado há uns dois dias daquela ocasião.
Em roda de conversa, uma jovem senhora (pasmem), fala essa expressão
que me chamou a atenção: isso, ou aquilo, nem recordo a que ela se referia,
tasca: _porque isso não é coisa de mulher, não acha?
Em vendo a expressão do rosto de minha filha, percebi que ela
considerou aquele comentário bastante esdrúxulo.
Claro que era. Ela, minha terceira cria, depois de dois “varões”,
jamais ouvira tal coisa ser pronunciada em nossa casa.
Quase que em socorro à minha caçula e a título de
esclarecimento, retruquei: _ Em nossa casa não existe coisa de homem ou de
mulher. Lá existem coisas de quem vive e/ou reside na casa.
Neste dia eu percebi o porquê uma vez, Tonny Ítalo, o “primogênito”,
comentou a cerca de um comentário do irmão. Preparando a refeição, hábito
familiar em nossa casa, travávamos diversos assuntos plurais, que iam desde
política, filosofia, música etc.
Estávamos na cozinha, quando João disse: _mamãe, meu amigo estava olhando seu perfil (agora tem outro nome em inglês e eu não sei dizer) e mandou este livro pra senhora, pois ele considera que a senhora é “feminista”.
Estávamos na cozinha, quando João disse: _mamãe, meu amigo estava olhando seu perfil (agora tem outro nome em inglês e eu não sei dizer) e mandou este livro pra senhora, pois ele considera que a senhora é “feminista”.
Eu nem me assumia como tal. Afinal, meus posicionamentos sempre foram lineares
ao tempo “feminista”, ou seja, nenhuma novidade. Acho que até ele considerou
estranha a observação. Mas, interessante por ter sido feito por um jovem
estudante de jornalismo.
Fato é que o Tonny Ítalo sai com essa: _ha, é porque ele não conhece a Glaucinha!
Falou isso, referindo-se exatamente à irmã caçula (que também era sua afilhada), Gláucia Maria.
Fato é que o Tonny Ítalo sai com essa: _ha, é porque ele não conhece a Glaucinha!
Falou isso, referindo-se exatamente à irmã caçula (que também era sua afilhada), Gláucia Maria.
Três anos depois, agora decidi escrever relatando este episódio que só o havia
citado no Evento de 8 de Março daquele ano... encontrei a resposta nestas
imagens que compartilho com vocês.
Dandara dos Palmares: A Face Feminina de Palmares
♀Líder Negra, Guerreira Mulher!♂
Fórum de Mulheres no Fisco - FMFi: DANDARA DOS PALMARES
forumdemulheresnofisco.blogspot.com/2014/11/dandara-dos-palmares.html
Hedy Lamarr - Atriz e Inventora |
Protagonista do 1º orgasmo no cinema, Hedy patenteou os princípios da tecnologia que deu origem a quase todas as formas de redes sem fio que conhecemos hoje!
Hedy Lamarr : Diva do cinema e Inventora das bases para o
“bleutooth”, “telefonia móvel (celular), o “GPS” e o “Wi-Fi” |
Considerada uma das mulheres mais lindas do Mundo, porém não isso o mais importante que protagonizou a atriz. Inventora, graças a seus descobrimentos podemos estar vendo vídeos e falando ao celular. Nascida em Viena (Áustria) em 1914, Lamarr fugiu de Hitler para os Estados Unidos e seguir sua vocação de atriz.
Cansada de ser explorada em sua beleza e erotismo no cinema, decidiu-se por contribuir com o esforço bélico, Lamarr patenteou uma técnica para emitir sinais de rádio indetectáveis aos nazistas. Deu origem, décadas depois, às base para o “bleutooth”, telefonia móvel (celular), o “GPS” e o “Wi-Fi”.
No entanto, seu talento não foi reconhecido até o final do
século XX, pouco antes de sua morte, depois de décadas fora dos “focos”,
enquanto sua imagem ia se apagando, seus descobrimentos contribuíram para
construir o Mundo em que vivemos hoje.
Frida Kahlo - Pintora e Revolucionária
Magdalena Carmen
Frida Kahlo y Calderon foi uma das
personagens mais marcantes da história do México. Patriota declarada, comunista e revolucionária Frida Kahlo,
como ficou conhecida, teve uma vida de superações e sofrimentos que refletidos
em sua obra a tornaram uma das maiores pintoras do século.
Novidade: Frida Kahlo ganha a forma de Barbie em coleção de heroínas
Novidade: Frida Kahlo ganha a forma de Barbie em coleção de heroínas
A aviadora Amelia
Earhart (à esq.), a pintora Frida Kahlo e a
cientista Katherine Johnson (à dir) são algumas das mulheres que inspiraram as novas Babies |
Objetivo
das bonecas, lançadas pelo Dia Internacional da Mulher, é inspirar as meninas
com imagens de mulheres célebres como parte daas comemorações do Dia
Internacional da Mulher de 2018.
Amelia Earhart - pioneira
na aviação dos Estados Unidos, autora e defensora dos direitos das mulheres. Earhart
foi a primeira mulher a receber a "The
Distinguished Flying Cross", condecoração dada por ter
sido a primeira mulher a voar sozinha sobre o oceano Atlântico. Estabeleceu
diversos outros recordes, escreveu livros sobre suas experiências de voo,
e foi essencial na formação de organizações para mulheres que desejavam pilotar.
Amelia desapareceu no oceano Pacífico, perto da Ilha Howland enquanto tentava realizar um
voo ao redor do globo em 1937. Foi declarada morta no
dia 5 de janeiro de 1939.
Seu modo de vida, sua carreira e o modo como desapareceu até hoje fascinam as
pessoas.
Mercedes Baptista – primeira bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
Mercedes Baptista
|
Ícone
da dança no Brasil, Mercedes Baptista foi a primeira bailarina clássica negra
brasileira, primeira mulher negra a passar no exigente concurso e fazer parte
do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Criada em uma família humilde que
sobrevivia do trabalho de sua mãe, que era costureira, antes da dança, ela
trabalhou em uma gráfica, em uma fábrica de chapéus, foi empregada doméstica e
também trabalhou em uma bilheteria de cinema.
Mercedes recebeu a formação em balé
clássico e dança folclórica pela bailarina Eros Volúsia, especialista em
cultura brasileira. Na década de 1960, Mercedes uniu sua formação erudita com a
valorização da cultura negra, lançando o balé afro, voltado para o estudo dos
movimentos ritualísticos do candomblé e das danças folclóricas. Suas criações
coreográficas permanecem até hoje identificadas como repertório gestual da
dança afro.
Em 1963, Mercedes idealizou a
coreografia da comissão de frente do desfile da escola de samba Acadêmicos do
Salgueiro, que venceu o Carnaval daquele ano. Entre outras realizações,
Mercedes ministrou cursos fora do Brasil – Nova York e Califórnia. Recebeu
diversas homenagens e em 2007 o livro Mercedes
Baptista: a criação da identidade negra na dança, de autoria de
Paulo Melgaço, foi publicado pela Fundação Cultural Palmares.
A Lei Maria da Penha representa inegável avanço na normativa jurídica
nacional: modifica a resposta que o Estado dá à violência doméstica e familiar
contra as mulheres, incorporando a perspectiva de gênero e direitos humanos da
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a
Mulher e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará); rompe com paradigmas
tradicionais do Direito; dá maior ênfase à prevenção, assistência e proteção às
mulheres e seus dependentes em situação de violência, ao mesmo tempo em que
fortalece a ótica repressiva, na medida necessária; e trata a questão na
perspectiva da integralidade, multidisciplinaridade, complexidade e
especificidade, como se demanda que seja abordado o problema.
Ser ¡Voz!:
Chiquinha Gonzaga (*17/10/1847-†28/02/1935)
Maria da Penha e da Lei - A história de vida de Maria da Penha, comum a de tantas
mulheres que levam no corpo e na alma as marcas visíveis e invisíveis da
violência, a tornou protagonista de um litígio internacional emblemático para o
acesso à justiça e a luta contra a impunidade em relação à violência doméstica
contra as mulheres no Brasil. Ícone dessa causa, sua vida está simbolicamente
subscrita e marcada sob o nome de uma lei.
Ser ¡Voz!: Maria da Penha e a Lei 11.340/2006
Maria da Penha
|
Chiquinha Gonzaga |
Chiquinha Gonzaga - primeira mulher a reger uma orquestra no
Brasil. Lutou pelos direitos autorais. Fundadora, sócia e patrona da
SBAT-Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. Compôs da 1ª marchinha de
carnaval com letra: "Ô abre alas" (1899).
Ser ¡Voz!:
Chiquinha Gonzaga (*17/10/1847-†28/02/1935)
Curiosidade: Em
1899, mesmo ano que compôs "Ô Abre Alas", Chiquinha conhece o músico João Batista Fernandes Lages, que vivia no Rio de Janeiro. Chiquinha com 52 anos
e ele com apenas 16, mesmo com trinta e seis anos (36) de diferença de idade
dela pra ele, começaram um relacionamento. Como forma de
enfrentar o moralismo da época, Chiquinha registrou João Batista como seu filho
que tivesse nascido em Portugal. Ele, mesmo muito
jovem, foi quem a assediou. Viveram juntos e felizes por 35 anos, até sua morte
aos 87 anos de idade. Mas, Chiquinha
protegia sua privacidade, não chegou a assumir publicamente sua relação com
João Batista. O caso só foi
revelado após sua morte (1935), comprovado por fotos e cartas. . → link
com matéria
completa acima.
“A Virgem de Todas as MulheresToda mulher, ao saber que está grávida, leva a mão à garganta: ela sabe que dará à luz um ser que seguirá forçosamente o caminho de Cristo, caindo na sua via muitas vezes sob o peso da cruz. Não há como escapar.” Clarice Lispector
Clarice Lispector –
Escritora e jornalista
|
“O destino de uma mulher é ser mulher.” Clarice Lispector
Nina Simone - Black Is The Color Of My True Love's Hair
Nina Simone
|
Eunice Kathleen Waymon mais conhecida como Nina Simone - pianista,
cantora, compositora e ativista pelos direitos civis dos negros norte-americanos.
Nina Simone foi uma mulher de muita fibra, mas principalmente de um grande talento. Com uma áspera e inigualável voz, a cantora tinha a incrível capacidade de compartilhar seu mundo e de fazer o ouvinte acreditar em tudo aquilo que estava sendo cantado pelo simples fato de ser cantado com sinceridade, com verdade.
Vera Rubin |
“O fato de que sou escritora: uma mulher escritora, não uma dona-de-casa que escreve, mas alguém cuja existência, em sua totalidade, é comandada pelo ato de escrever.” Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir |
Simone de Beauvoir – Filósofa e escritora feminista
Nascida em Paris, em 9 de janeiro de 1908, Simone de Beauvoir estudou matemática no Instituto Católico de Paris e literatura e línguas no colégio Sainte-Marie de Neuilly. Na Universidade de Paris (Sorbonne) estudou filosofia e conheceu outros jovens intelectuais, como Maurice Merleau-Ponty, René Maheu e Jean-Paul Sartre, com quem estabeleceu uma relação afetiva até sua morte.
Nascida em Paris, em 9 de janeiro de 1908, Simone de Beauvoir estudou matemática no Instituto Católico de Paris e literatura e línguas no colégio Sainte-Marie de Neuilly. Na Universidade de Paris (Sorbonne) estudou filosofia e conheceu outros jovens intelectuais, como Maurice Merleau-Ponty, René Maheu e Jean-Paul Sartre, com quem estabeleceu uma relação afetiva até sua morte.
“Isso é o que caracteriza fundamentalmente a mulher: ela é o Outro dentro de uma totalidade cujos dois termos são necessários um ao outro.” Simone de Beauvoir
“Não acredito que existam qualidades, valores, modos de vida especificamente femininos: seria admitir a existência de uma natureza feminina, quer dizer, aderir a um mito inventado pelos homens para prender as mulheres na sua condição de oprimidas. Não se trata para a mulher de se afirmar como mulher, mas de tornarem-se seres humanos na sua integridade.” Simone de Beauvoir
Ícone do pensamento filosófico feminista, tornou-se professora e editou, com Sartre, a revista mensal Les Temps Modernes. Sua principal obra, o
ensaio O Segundo Sexo, foi publicada em 1949 e se tornou
um grande clássico da literatura feminista. Escreveu também obras de ficção,
nas quais abordou questões da filosofia existencialista, além de análises
políticas e livros autobiográficos. Morreu em 1986, aos 78 anos, em Paris.
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.” Simone de Beauvoir
Betty Friedan - escritora feminista que estremeceu a América e o Ocidente com "Mística Feminina".“As feministas precisavam de lutar contra a concepção de que estavam a violar a natureza que lhes fora doada por Deus” Betty Friendan
Malala Yousafzai - mais jovem Mulher a receber o Nobel
A publicação de “A Mística Feminina”, em 1963, causou um enorme impacto na sociedade norte-americana, abalando os padrões patriarcais e consumistas, rejeitando o casamento e maternidade como formas únicas de existência da mulher, inaugurando um novo estádio no Feminismo do Ocidente.
Siga lendo matéria completa em Ser ¡Voz! "A Mística Feminina" - 50 anos do livro de Betty Friedan -
“Uma boa mulher é a que ama apaixonadamente, tem energia, seriedade, convicções apaixonadas, assume responsabilidades e modela a sociedade.” Betty Friedan
Murasaki Shikibu |
Marta |
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