Dilma Rousseff (PT) discursou na abertura na
Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, e foi muito aplaudida por uma plenária
lotada.
“Ao lado do desenvolvimento sustentável e da paz, a
ordem internacional que buscamos construir funda-se em valores. Entre eles,
destacam-se o combate a todo o tipo de discriminação e exclusão.” Dilma
A presidenta Dilma Rousseff defendeu
(24/set./2014), em discurso na abertura da 69ª Assembleia Geral da Organização
das Nações Unidas (ONU), o combate ao racismo, à homofobia e às desigualdades
entre homens e mulheres.
“Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser
humano e na universalidade de seus direitos fundamentais.”, acrescentou.
Destaques do que Dilma disse:
Governo manteve a solidez fiscal diante da crise e
"continuou a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego,
mantendo investimentos em infraestrutura".
"Não descuramos da solidez fiscal e da
estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade
externa", disse.
"Resistimos às suas piores consequências: o
desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do
investimento", afirmou.
“Seu governo assumiu a responsabilidade" de
combater a corrupção no país e destacou avanços sociais dos "últimos 12
anos", de governo do PT.
"A história mostra que só existe uma maneira
correta e eficiente de combater a corrupção: o fim da impunidade com o
fortalecimento das instituições que fiscalizam, investigam e punem atos de
corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. Essa é a
responsabilidade de cada governo. Responsabilidade que nós assumimos, ao
fortalecer nossas instituições", completou, em referência ao trabalho
feito pela Polícia Federal.
Dilma defende combate ao racismo e à homofobia em discurso na ONU
União gay
Tocando em um tema sensível da campanha no Brasil,
a presidente destacou que a Suprema Corte "reconheceu a união estável
entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis daí
decorrentes".
Segundo ela, os direitos fundamentais "devem
ser protegidos de toda seletividade e de toda politização, tanto no plano
interno como internacional". Dilma abriu seu discurso destacando a
construção, "nos últimos 12 anos" do governo PT, de uma
"sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades".
Igualdade racial
Dilma disse que a promoção da igualdade racial no
Brasil é uma forma de compensar os séculos de escravidão a que os negros foram
submetidos e que a miscigenação é um orgulho para os brasileiros.
“O racismo, mais que um crime inafiançável, é uma
mancha que não hesitamos em combater, punir e erradicar. O mesmo empenho que
temos em combater a violência contra as mulheres e os negros, os
afro-brasileiros, temos também contra a homofobia”, disse a presidenta, ao
citar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável
entre pessoas do mesmo sexo.
“Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser
humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser
protegidos de toda seletividade e de toda politização tanto no plano interno
como no plano internacional”, acrescentou.
Durante o discurso, em que falou principalmente de
economia e questões internacionais, Dilma também defendeu um novo modelo de
governança da internet para garantir o respeito aos direitos humanos nos mundos
real e virtual.
Internet - liberdade de expressão, privacidade,
neutralidade da rede, e diversidade cultural
“Em setembro de 2013, propus aqui, no debate geral,
a criação de um marco civil para a governança e o uso da Internet com base nos
princípios da liberdade de expressão, da privacidade, da neutralidade da rede e
da diversidade cultural. Noto, com satisfação, que a comunidade internacional
tem se mobilizado, desde então, para aprimorar a atual arquitetura de
governança da internet”, avaliou.
Dilma também falou sobre as negociações para um
novo acordo global sobre o combate às mudanças climáticas e voltou a defender
um texto “equilibrado, justo e eficaz” e com graus diferentes de
responsabilidades para países ricos e nações em desenvolvidos.
“Esperamos que os países desenvolvidos, que têm a
obrigação não só legal, mas também política e moral de liderar pelo exemplo,
demonstrem de modo inequívoco e concreto seu compromisso de combater esse mal
que aflige a todos nós”, cobrou. A presidenta defendeu a criação de mecanismos
de desenvolvimento e transferência de tecnologias limpas, principalmente em
favor dos países mais pobres.
"Há poucos dias, a FAO (órgão da ONU para a
alimentação e a agricultura) informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa
mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de
empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de
compra", disse.
Síria
Apesar de não condenar diretamente os ataques dos
EUA e seus aliados à milícia radical Estado Islâmico (EI) na Síria, iniciados
há três dias, a presidente disse que o "uso da força é incapaz de eliminar
as causas profundas dos conflitos".
"A cada intervenção militar não caminhamos
para a paz, mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos", disse.
_Fonte diversas e principalmente: América Economia
Brasil/Politica e Sociedade
Íntegra do discurso da
Presidente Dilma na ONU
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