Gláucia Lima - maio de 2017
em Havana, para o 1º de Maio 2017, tomei
conhecimento de sua partida...
“Talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho
Algum punhal de amor traído completará o meu destino
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo, vem morrer comigo
Meu bem, meu bem, meu bem”
Belchior (→26/10/1946 -
30/04/2017←): suas composições de sua extensa
bagagem musical contêm sucessos nacionais e reconhecimento do público e da
crítica especializada, como combatente de ideias e sons, é conhecido por suas
canções que falam de paz e conclamam pessoas para suas lutas sociais,
dedilhando de maneira intimista em sua lira a sensualidade dos amores vividos.
BELCHIOR – Presente, Mestre!
BELCHIOR – Presente, Mestre!
"Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele sejaNão quero o que a cabeça pensa Eu quero o que a alma desejaArco-íris, anjo rebeldeEu quero o corpo, tenho pressa de viver" 🎶 "Meu bem, mas quando a vida nos violentarPediremos ao bom Deus que nos ajudeFalaremos para a vidaVida, pisa devagar, meu coração, cuidado, é frágil"
Parabéns, Mestre!
Quando sou convidada a entrar na sala do hoje
Deputado Prof. Pinheiro (PT/CE), então secretário no Município de Fortaleza
(logo depois veio a ser vice-governador, na 1ª gestão de Cid), sou surpreendida
com a presença do querido ídolo Belchior.
Muito tranquilo, com seu sorriso escondido por sob seu famoso e característico bigode, logo que soube que era cantora e professora de língua espanhola, surpreende-me e ainda mais alegra, seu convite de gravar canções suas que estava preparando, inéditas e versões de outras já conhecidas, em espanhol.
Muito tranquilo, com seu sorriso escondido por sob seu famoso e característico bigode, logo que soube que era cantora e professora de língua espanhola, surpreende-me e ainda mais alegra, seu convite de gravar canções suas que estava preparando, inéditas e versões de outras já conhecidas, em espanhol.
Ao ofertar-me um cartão de felicitações (era
próximo dia das mães), ele aponta seu e-mail para que mantivéssemos contato. A vida,
como sempre nos prega peças, ocorreu que nos perdemos... minha voz sumiu ou ele
desapareceu? Não importa, este grande mestre da canção brasileira, merece todas
as nossas homenagens, não só por seu aniversário, mas por sua história
artística.
Por isso, faço coro com aqueles que pedem
Belchior e todo o Pessoal do Ceará para inaugurar o Castelão, nada mais justo e
merecido.
#belchiornocastelão
Nome de Maestro, Antônio “Carlos Gomes”
Belchior Fontenelle Fernandes, meia dúzia de nomes para designar este, a quem
conhecemos apenas por Belchior, o Rei Mago, ou o Mago que foi dos primeiros
nordestinos a reinar na MPB.
26 de outubro de 1946 |
Este, que se diz Apenas um Rapaz Latino
Americano, muda-se para a capital cearense em 1962, onde estudou Filosofia
e Humanidades. Em Fortaleza, chegou a cursar até o quarto ano de Medicina, mas
abandona em 1971 para dedicar-se à carreira artística. Com outros jovens
músicos e compositores como Ednardo, Fagner, Rodger Rogério, Teti e outros,
passam a ser conhecidos como Pessoal do
Ceará*.
Fotografia 3 x 4
Vai morar em São Paulo, onde compõe canções
para filmes de curta metragem e trabalhos para teatro e televisão. Mucuripe, sua composição em parceria com
Fagner, é gravada por Elis em 1972. Elis, aliás, grava e obtém grandes e
marcantes sucessos com suas composições de protestos, a exemplo Como Nossos Pais, canções que atravessam
gerações. Grava o primeiro LP em 1974 e em 1976, o segundo: Alucinação.
Consolida de vez sua carreira com grandes
composições de sucessos como: Velha Roupa
Colorida, também gravada por Elis; Paralelas,
lançada por Vanusa, sucesso até hoje; e, Galos,
Noites e Quintais, famosa também na voz de Jair Rodrigues.
Belchior: suas composições de sua extensa bagagem musical contêm
sucessos nacionais e reconhecimento do público e da crítica especializada, como
combatente de ideias e sons, é conhecido por suas canções que falam de paz e
conclamam pessoas para suas lutas sociais, dedilhando de maneira intimista em
sua lira a sensualidade dos amores vividos.
Atualmente
tem mais de 300 composições gravadas por ele, vários outros artistas e
inéditas. Poeta, apaixonado pela filosofia, se dedica também a pintura, desenho
e caligrafia.
Discutindo
sentimentos, perplexidades, contradições de uma geração, seus poemas revelam
sólida formação intelectual, e intensa relação com a poesia. Trovador contemporâneo,
registrando na primeira pessoa do verbo, vivências que traduz junto a colagens
e citações de outros autores e literatos, presentes em sua obra, dando
tonalidades ora poética, ora filosófica à sua obra.
"a certeza de que tenho coisas novas coisas novas pra dizer a minha história é ... talvez é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte que no sul viveu na rua..." |
Festejado
pela crítica, com respaldo público de sucesso, muitas canções de Belchior são
consideradas divisor de águas na Música Brasileira, entre melodias de aboios,
lembranças nordestinas, leitura blues de Bob Dylan, e vivências próprias, que
se refletem e se juntam de forma original em suas músicas.
Discografia Básica: Pessoal do
Ceará - Ednardo,
Amelinha, Belchior - 2002;
Auto Retrato - 1999;
Vício Elegante - 1998;
Um Concerto Bárbaro - 1995;
Baihuno - 1993;
Divina Comédia Humana - 1992;
Trilhas Sonoras - 1990;
Elogio da Loucura - 1988;
Melodrama - 1987;
Um Show - 10 Anos de Sucesso - 1986;
Cenas do Próximo Capítulo - 1984;
Paraíso - 1982;
Objeto Direto - 1980;
Era uma vez um homem e seu tempo - 1979;
Todos os Sentidos - 1978;
Coração Selvagem - 1977;
Alucinação - 1976;
Belchior - 1974.
Auto Retrato - 1999;
Vício Elegante - 1998;
Um Concerto Bárbaro - 1995;
Baihuno - 1993;
Divina Comédia Humana - 1992;
Trilhas Sonoras - 1990;
Elogio da Loucura - 1988;
Melodrama - 1987;
Um Show - 10 Anos de Sucesso - 1986;
Cenas do Próximo Capítulo - 1984;
Paraíso - 1982;
Objeto Direto - 1980;
Era uma vez um homem e seu tempo - 1979;
Todos os Sentidos - 1978;
Coração Selvagem - 1977;
Alucinação - 1976;
Belchior - 1974.
O
Belchior que a crítica vulgar não viu
Canções do compositor cearense
debateram, desde os anos 1970, a alienação, as relações mercantis e a própria indústria cultural. Mas alguns procuram enquadrá-lo como apenas um rapaz romântico - por Alberto Sartorelli - https://t.co/qeXoGpN4HQ -
em Revista Instigada.
Grande Belchior! Fez fundo pra minha história...genial!
ResponderExcluirSó essa montagem dele com a blusa do Che Guevara que queimou... Belchior não comprou ideologias.
ResponderExcluir