terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Grande Arte do Ser Bruxa

Que os mistérios possam ser revelados, para aqueles que são fortes de mente, mas principalmente nobres de coração, pois é no coração espiritual que reside a Senda, que leva a luz e a iniciação…❞   ☽◯☾☽◯☾
 ¸ઇઉ¸ Maio, mês de grandes rituais para as Bruxas! ¸ઇઉ¸
Gláucia Lima
A Grande Arte, também conhecida por muitos como a filosofia ou religião da Grande Mãe, que pode ser ela a Terra, a Lua, a Natureza - Água, Árvores ou Plantas - a Vida... É enfim, a temida “Magia” de uma Bruxa!                                          ☽◯☾☽◯☾
A Deusa Gea* pertence à mitologiagrega
         e é também conhecida como Gaia, Gaea
          e Ge, que significa Terra, ou Mãe-Terra.
 
Magia que nos transporta para o mais profundo domínio do Saber e do Conhecimento. Bruxa, Bruja ou Wicca é palavra que instiga lembranças, por ser impregnada de antiguíssimas memórias, nos remetendo aos mais remotos ancestrais. Instiga sentimentos e curiosidades até em espíritos que se dizem céticos, por conviverem (e, remotamente, já convivendo) em estreito contato com os ciclos naturais. Apreciando e respeitando o poder e a energia que compartilhamos com o cosmo.
            Energia que se movimenta em espirais à semelhança de uma serpente, das ondas do mar, das moléculas de DNA e da energia eletromagnética ao longo das linhas da Terra. Tudo na mesma similitude e mistério entre ciência e forças naturais. Poder de magia espiritual e científico. Conhecimentos profundos que provêm do inconsciente e nem sempre podendo ser expressos em palavras; requerendo, com frequência a poesia, o canto, o ritual.
Encanto para a Roda da Linhagem das 
Fazes da Lua, chamando para si o            Poder dos Cinco Elementos. Assim seja!
A Bruxa expressa melhor o conhecimento que tem de si mesma, da natureza, do poder divino que transcende o próprio cosmo através do mito, símbolo, ritual, drama e cerimônia. Exatamente por tocarem em algo mais profundo e mais misterioso que nós próprias, as imagens e os símbolos de ‘Feitiçaria’ que possuem qualidade misteriosa e mágica. Carl Gustav Jung, grande psiquiatra e estudioso das religiões, nos diz que a estrutura da mente resulta da interação de energias arquetípicas que só podem ser conhecidas em imagens e símbolos, e que os sentidos captam em rituais e eventos numinosos.
Cada cultura tem seus magos e visionários, seus pajés xamãs ou guias e gurus. Homens e mulheres virtuosos, desde tempos remotos de todas as culturas, criaram práticas ricas em símbolos e metáforas que a mente inconsciente reconhece e entende intuitivamente: tambores, gemas, penas, conchas, varas de condão, taças, caldeirões, ferramentas sagradas e vestimentas feitas de plantas sagradas, animais e metais repletos de poder. São imagens e ritos que conduzem a Bruxa ao poder secreto que se oculta no centro das coisas.

               Pacha Mama**, do quíchua Pacha ("universo, mundo, tempo, lugar")
                    e de  Mama ("mãe"): "Mãe terra", 
é a deidade máxima dos Andes.
O paganismo, como também é identificada a prática destes homens e mulheres, surgiu há milhares de anos, muito antes da expressão ser usada pelos cristãos para definir aqueles que não são batizados no cristianismo. A bem da verdade, a palavra pagão vem do latim e tem como definição, precisamente, “um homem que vive no campo e dele tira seu sustento”.                                                                                        ☽◯☾☽◯☾
Originalmente, o sacerdócio era todo feminino (depois foram admitidos os homens). Os principais sacerdotes e sacerdotisas dos celtas eram os druidas. Palavra do grego dryad, ou “espírito da natureza”, as práticas mágicas ininterruptas, desde primitivos mistérios driádicos às manifestações dos ‘conjuros’ e ‘sortilégios’ daqueles que passaram a ser chamados simplesmente de “Feiticeiros” ou “Bruxas”. Os antigos espíritos ‘dríades’, eram criaturas metamórficas que viviam em árvores e florestas, e assumiam, frequentemente, a forma de pássaros e serpentes, onde se pode vislumbrar, nestes poderes mágicos, do poder da Bruxa. Como pássaro, sua consciência voa a grandes alturas pelo céu; como serpente, introduz-se na Terra para dela extrair conhecimentos e sabedoria sagrados. 
           Fundamental estudo como: astrologia, biologia, hermetismo, herbologia, horticultura,
           diversas 
religiões, história geral, alquimia, terapias alternativas…
       Todos os caminhos necessários para que ela desenvolva seus dons naturais
       e também sobrenaturais.
Ser Bruxa atuante e competente requer mais que a simples racionalização do desejo. Cumpre-lhe conhecer os princípios físicos e metafísicos subentendidos em todo o trabalho mágico e espiritual, a fim de poder usar corretamente o Poder e para o bem de todos e todas. Bruxa é criatura humana, encarnada. Que ri, que chora, que sangra... e tem que saber viver no mundo como ser humano responsável, para poder ser Bruxa responsável. Há que aprender a respeitar os anciãos que têm muito a ensinar, como: a semear, a colher, a ouvir o próprio interior, a conhecer e acima de tudo, observar que a Terra (Gaia ou Pacha Mama) é nosso Lar, mas não é apenas nosso, é de todo ser vivo que tem direito à vida tanto quanto nós.
"Antiga Religião", a Arte das Bruxas, 'Bruxaria' de seletos grupos e geral ocultos, 
se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais 
ou para que novos candidatos os localizem.
A magia é o conhecimento e o poder. E o espírito dos tempos tem levado homens e mulheres a restabelecer a ligação com os mistérios da vida que se encontram nos ritmos naturais da Mulher, da Terra, da Lua... Afinal, os mistérios da magia são os mistérios da vida!
 A Grande Arte não impõe a ninguém um procedimento ou uma atitude única. Ao contrário, ela é ampla e nos permite agir de acordo com nossos princípios, contudo, lembra-nos sempre da verdade maior “não fazer a outrem o que não gostarias que o fizessem”…                                                                            ☽◯☾☽◯☾
A Arte pede dedicação constante e uma mente aberta para todas as possibilidades. Onde, com o tempo, se aprende a não julgar, a não condenar e a não exigir mais das pessoas do que elas são capazes de oferecer. E muito melhor que agradecer, é retribuir. Sempre lembrar, pois esta é a sabedoria: aquilo que obscurece a clareza da visão é que engana.

Voliu/Kamav!
«Nossa liberdade é a natureza,
nela não existem muralhas para tirar
nossa visão do campo aberto, podemos
ter contato com o solo, respirar o verde,
sentir a brisa do vento, receber a força
dos raios solares, contemplar a Lua,
o brilho das estrelas e tudo o mais que
ela possa nos oferecer,»
por Jordana Aristicth, no livro Ciganos – Verdade Sobre Nossas Tradições.
Os ciganos preservam e usam muito os quatro Elementos fundamentais da natureza
– Terra, Fogo, Água e Ar – nos seus rituais.
Para eles, o Fogo é muito importante, porque queima a negatividade e ilumina a positividade. Um objeto que concentra os quatro elementos e que é muito usado por este povo é a vela. A Água e a Terra são representadas pela cera e o pavio. O Fogo é a chama e o Ar (oxigênio) a mantém viva (acesa). 

*A Deusa Gea é considerada a Mãe-Terra primordial grega, sendo a primeira a emergir do caos. Gea ou Gaia surgiu da criação do universo, uma das Deusas primordiais do Olimpo, gerando a primeira raça de deuses e homens.

Ela deu à luz Urano, o céu e Pontus, o mar, então acasalou com o seu filho Urano para produzir os doze Titãs, os Ciclopes e três monstros. Urano, horrorizado com a sua prole, decidiu fechá-los nas profundezas da Terra (voltando ao útero de Gaia). A Deusa furiosa convenceu o mais jovem Titã, Cronos (que mais tarde viria a ser o pai de Zeus), a castrar Urano enquanto este dormia ao lado dela. Deu-se assim a separação entre o Céu e a Terra. O sangue dos testículos de Urano caído sobre a Terra gerou as Erínias (que puniam os mortais), os gigantes e as ninfas do freixo-Meliae e o sangue caído sobre o mar produziu Afrodite. 

O oráculo dos Delfos, antes de ser passado a Apolo, pertencia a Gaia, que foi a primeira profetisa. Ela presidia os casamentos, foi invocada em juramentos (com o sacrifício de uma ovelha negra) e foi-lhe oferecido o primeiro dos frutos e grãos.

Vassoura da Wicca

Na bruxaria em geral, e especificamente na Wicca, a vassoura é um instrumento usado para limpar o espaço mágico antes ou depois de fazer algum feitiço ou ritual. A vassoura representa o masculino (através do cabo) e o feminino (através da piaçava). Era comum as bruxas utilizarem vassouras em seus ritos de celebração da natureza, pulando sobre as vassouras em meio a colheita, o que levou à crença moderna de que bruxas voam em vassouras. Nos rituais matrimoniais da Wicca existe uma tradição onde os recém-casados saltam (com as mãos dadas) uma vassoura deitada no chão, para marcar o início da vida espiritual em perfeita união.


**Pacha Mama, a deidade máxima dos Andes Peruanos, bolivianos, do noroeste argentino e do extremo norte do Chile.
Sabemos que Pacha Mama é a Mãe da purificação, da limpeza e talvez do perdão. Começamos uma nova era e em esta era de luz, todos os irmãos e irmãs são bem vindos. Deixemos que Wiracocha toque nosso Sol interior e aflore o amor com a consciência para chegarmos a ser o homem do novo tempo.  ☽◯☾☽◯☾

31 de outubro: a Wicca comemora a festa de Beltane, ou o HalloweenO auge da primavera, a fertilidade.
Dia mágico de nutrir nossos sonhos!
Então mentalizem seus pedidos e sobretudo agradeçam à Vida!
Encha a casa de flores e faça um brinde!
Escolha seu ritual preferido, com cores/aromas, velas, incensos e cristais. 
Que assim seja! Que assim se faça! 

¸ઇઉ¸ Feliz Vida de Bruxa! ¸ઇઉ¸

Assim como Maio, Novembro também é um mês de força e energia, propício para rituais e práticas.
Datas místicas significativas do mês de novembro:
Dia - Dia de todos os Santos
Dia 2 – Dia dos mortos (antepassados)
Dia 23 – Dia de Ação de Graças
“Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no Seu santuário, louvai-O no firmamento do Seu Poder! Louvai-O pelos Seus atos poderosos, louvai-O conforme a excelência da Sua grandeza!” Salmo nº150

Dia 27 – Dia dos Chohans
Dia 30 – Colheita do Reino Humano em Shamballa

☽◯☾ Começamos uma nova era e em esta era de luz, todos os irmãos e irmãs são bem vindos. Deixemo-nos que nosso Sol interior toque e aflore o amor com a consciência para chegarmos a ser o homem e a mulher do novo tempo.
O novo ser da nova era usa, respeita e preserva os quatro Elementos fundamentais da natureza em seus rituais – Terra, Fogo, Água e Ar ☽◯☾
Entenda o significado dos símbolos nos rituais mágicos*
*por Monica Buonfiglio
As figuras geométricas nos rituais mágicos funcionam como um suporte, uma espécie de instrumento para entrar em contato com o universo cósmico.
Os elementos essenciais que compõem um ritual mágico devem comportar a presença dos quatro elementos (ar, terra, água e fogo), que têm a função de ativar o contato com outros planos por meio de seus significados secretos.
Os principais elementos usados nos rituais mágicos são: o círculo, o quadrado, o triângulo, a lua e a estrela.
Círculo: simboliza o céu cósmico e a atividade do céu, que produz, regula e ordena. A proteção está assegurada em seu limite. Por isso, as pessoas utilizam os cordões (cintos, argolas e braceletes) com o propósito de afastar os inimigos ocultos. É o signo da unidade e do tempo. Para os espiritualistas, é o símbolo do limite mágico.
É curioso notar que nas religiões monoteístas (judaísmo e cristianismo), a representação circular não é encontrada em suas construções, por ser um símbolo feminino.
Também exprime o sopro da divindade, sem princípio nem fim. É considerado como o aspecto positivo da vida e totalidade da psique, ao contrário do quadrado, que revela a idéia da matéria terrestre. O círculo representa o elemento ar.
Quadrado: enquanto o círculo é o símbolo do céu, o quadrado é o símbolo da terra e, por isso, implica em solidificação, estabilização e perfeição.
Por isso, muitos espaços sagrados têm forma quadrangular, como os altares, templos, cidades etc. Também representa a manifestação dos quatro elementos (terra, fogo, ar, água) e exprime a intenção de reunir a energia divina dentro de um limite.
A associação círculo-quadrado evoca a idéia do casamento entre o céu e a terra. Para Jung, a trindade-quádrupla correspondia ao aspecto fundamental da plenitude.
Triângulo: símbolo da presença divina em atividade, simboliza a harmonia, proporção, inteligência, ação e fecundidade.
Representa a sabedoria humana e está contido em várias expressões religiosas. Na alquimia, além de ser o símbolo do fogo, é também do coração.
A maçonaria o chama de delta luminoso, por ter três vértices da moralidade: pensar bem, dizer bem e fazer bem.
Lua: simboliza o princípio feminino, a periodicidade, a renovação, transformação e o crescimento ligado ao ritmo biológico. Ela é representada em muitas culturas como símbolo do conhecimento indireto, metafísico e intuitivo.
A Lua representa o passivo, o fecundo, a noite, a umidade, o subconsciente, a imaginação, o psiquismo, o sonho, a receptividade e a mulher (força fecundadora da vida, que pode ser representada nas divindades da fecundidade vegetal e animal, fundidas no culto da Grande Mãe).
O desenho da Lua favorece a introspecção e o exame de consciência, além de participar da regeneração moral. Representa o elemento água.
Estrela: o desenho da estrela, de cinco ou seis pontas, é muito utilizado em rituais devido a sua qualidade luminar. Representa o espírito e particularmente as forças espirituais (luz e trevas).
A estrela de cinco pontas é o símbolo da manifestação central da luz e do universo em expansão.
A estrela de Salomão (com seus dois triângulos, um invertido e o outro não) simboliza o fogo e o sexo masculino (triângulo para cima) e a água e o sexo feminino (triângulo para baixo), além da sabedoria humana e Deus, cujo nome não se pode pronunciar.
O desenho de uma estrela revela a inspiração, algo que irá materializar-se, ou melhor, a tradução da expressão de um pedido de ajuda ao plano superior.
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