Rachel de Queiroz: Primeira Mulher eleita para
a Academia Brasileira de Letras, há 35 anos.
❝[...] tento, com a maior insistência, embora com tão precário resultado (como se tornou evidente), incorporar a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não que o faça por novidade, apenas por necessidade. Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia brigando por isso e fez escola.❞ Rachel de Queiroz*
Vídeo apresentado na coletiva de imprensa da
feira de Frankfurt 2012 para mostrar a diversidade da literatura brasileira. Brasil: um país repleto de vozes, de olhares e histórias!
"Eu sempre achei que o paraíso era
como uma livraria"
Jorge Luis Borges
“Acho que o escritor deve escrever para
a alegria do leitor.”
Jorge Luis Borges
Borges se irritava quando lhe perguntavam: "Para que serve a literatura?" Parecia-lhe uma pergunta idiota, e ele respondia: "A ninguém ocorreria perguntar-se sobre qual é a utilidade do canto de um canário ou das cores do céu no crepúsculo!"
Geometria dos ventos - Rachel de Queiroz
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.
-Poesia feita em homenagem ao poema Geometrida dos Ventos de Álvaro Pacheco-
*Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza/CE, no dia 17 de novembro
de 1910 e faleceu, no Rio de Janeiro no dia 04-11-2003. Em 2010,
todo o Brasil comemorou o centenário de Rachel de Queiroz.
Neste ano de 2012, comemora-se 35 anos que ela
tornou-se a Primeira
Mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras, em 1977. Passou a ocupar
a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia, tendo como patrono Bernardo
Guimarães e ocupada sucessivamente pelo médico Oswaldo Cruz, o poeta Aluísio de
Castro e o jurista, crítico e jornalista Cândido Mota Filho.
Seu livro, "O Quinze", obra literária de estreia da
escritora foi lançado em 1930 (aos 20 anos), primeiro e mais
popular romance da autora, exprime intensa preocupação social, apoiada,
contudo, na análise psicológica das personagens, especialmente o homem
nordestino, sob pressão de forças atávicas que o impelem à aceitação fatalista
do destino.
Em 1980, estreia da Rede Globo de Televisão a
novela "As Três Marias", baseada no romance homônimo da escritora.
Com direção de Perry Salles, estreia no cinema a
adaptação de "Dôra, Doralina", em 1981.
Entre tantos prêmios, destacamos: em 1993, recebe dos governos do
Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o
Juca Pato. E em 1994, marca a estreia, na Rede Globo de Televisão, da
minissérie "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da
escritora. Tendo no papel principal a atriz Glória Pires.
Faleceu, dormindo em sua rede, na cidade do Rio
de Janeiro.
Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
❝A verdadeira vida, a vida por fim esclarecida e descoberta, a única vida, pois, plenamente vivida, é a literatura.❞ Marcel Proust
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