A história de Trairi, denominação de origem Tupuia-Tupi, onde viviam índios anacés e tremembés, confunde-se com a jornada de Martim Soares Moreno, o fundador do Ceará, nas terras de José de Alencar.
CAMPOSCARMINHA (*) |
Localizado no nordeste do Estado, a 118 km de Fortaleza (CE), Trairi
carrega as lembranças das lutas entre índios, portugueses e franceses,
remontando ao início da colonização cearense, a partir da famosa expedição do
açoriano Pero Coelho, em 1603. Entre soldados, silvícolas e a própria família
de Coelho, estava o jovem Soares Moreno, sobrinho
do sargento-mor Diogo de Campos, vindo
de batalhas vitoriosas no Rio Grande do Norte e notável conhecedor dos dialetos
indígenas.
A história de Trairi, denominação de
origem Tupuia-Tupi, onde viviam índios anacés e tremembés, confunde-se com a
jornada de Martim Soares Moreno, o fundador do Ceará, nas terras de José de
Alencar.
Capela de Guageru
reformada em pagamento à promessa de Maria Furtado de Mendonça (*)
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Coqueiral, velas e barcos embelezam a
paisagem da praia de Mundaú (*)
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Na concepção de Maria Pia, os índios
locais, mansos, receberam os irmãos de Jacaúna, confundindo a pronúncia
“potiguara”, prevalecendo a denominação “pitiguara”, conhecidos então como os
“índios de Trairi” a despeito dos historiadores cearenses, que reforçam apenas
os tremembés e anacés.
Pier e calçadão à margem da barra do rio Mundaú são
atrações turísticas (*)
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História da Província do Ceará (2a edição, Insituto do Ceará,
1958), quem colocou Trairi no ápice da história do Estado.
Nas muitas barracas, a culinária cearense é uma das opções (*) |
Durante a viagem que partiu da Europa, uma tempestade abateu sobre o barco de Maria Furtado de Mendonça, uma rica portuguesa devota de Nossa Senhora do Livramento. Após jogar ao mar todos os bens transportados na embarcação e prestes a naufragar, ela se ajoelhou e rezou, prometendo construir uma igreja em homenagem à santa, caso sobrevivesse. Acabou encalhando na Praia de Guageru. Sem noção de onde se encontrava, a tripulação a carregou dunas a dentro em busca de civilização. Até que encontrou os primeiros casebres na vila de Barrinha e, enfim, Trairi a dois quilômetros.
Guageru ainda mantém a tradição da pesca artesanal em currais (*) |
O acesso ao município é pela CE 085,
conhecida como estruturante. Por possuir um dos maiores índices pluviométricos
do Estado e vasta vegetação, Trairi, segundo município em operações na Agência
de Itapipoca (CE), destaca-se como grande produtor de milho, feijão, caju,
mandioca
e coco, indústrias de beneficiamentos
e potencial turístico.
As praias de Mundaú e Flexeiras contam
com infraestrutura suficiente que fez atrair o setor hoteleiro, daí a
valorização imobiliária, incluindo as praias de Emboaca e Guageru, esta
considerada a melhor do mundo para a prática de kitesurf. Na sede,
destacam-se o coqueiral, a robustez do Rio Trairi e a Lagoa do Criancó,
entre vegetação e dunas. Já na divisa com o município de Paraipaba (CE),
deslizando pelos morros, a lagoa artificial das Almércegas e suas águas
cristalinas propiciam lazer às famílias.
Hotéis
em Flexeiras oferecem bom serviço hoteleiro (*) CAMPOSCARMINHA
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o artigo de Lucas Jr., Trairi, o
rio das traíras foi publicado pela Revista: Conterrâneos (do ambiente de
Comunicação Social do BNB) edição nº26.
Nada é por acaso!
ResponderExcluirSempre fui crédula da sincronicidade. Jamais desdenhei de sinais que me chegam
Quando, há cerca de 6 anos, publicamos este artigo do amigo Lucas Jr., não supunha que nossos destinos estariam sendo traçados
Luca Júnior é Dona Glaucia gosto de ve história do nosso Ceará tô um Pouco ocupado mais Quando mim Desocupado vou da uma lida nessa estória de Trairi história muito bonita tô encantado das beleza de Trairi bom dia Dona Glaucia é Luca Júnior
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