“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.” Darcy Ribeiro
Darcy Ribeiro, Antropólogo, escritor e
político brasileiro conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação
no país, nasceu em 26/10/1922 e faleceu
em 17/02/1997.
“O Brasil, último país a acabar
com a escravidão tem um perversidade intrínseca na sua herança, que torna a
nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.”
Darcy Ribeiro
“Fracassei em tudo o que tentei
na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu"
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu"
Darcy Ribeiro
“Urge preveni-los do muito que
se poderia fazer, com apoio no saber científico, e do descalabro e pequenez do
que se está fazendo.” Darcy Ribeiro
com Educação Pública e de Qualidade |
“Ultimamente a coisa se tornou
mais complexa porque as instituições tradicionais estão perdendo todo o seu
poder de controle e de doutrina. A escola não ensina, a igreja não catequiza,
os partidos não politizam. O que opera é um monstruoso sistema de comunicação
de massa, impondo padrões de consumo inatingíveis e desejos inalcançáveis,
aprofundando mais a marginalidade dessas populações.” Darcy Ribeiro
↓de Uol Educação↓
Já sabendo que sua doença era terminal, Darcy Ribeiro
confessou no livro de memórias: "Termino esta minha vida já exausto de
viver, mas querendo mais vida, mais amor, mais saber, mais travessuras".
Tudo muito coerente com quem sempre se declarou um "fazedor".
Filho de farmacêutico e professora, Darcy Ribeiro mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de estudar medicina. Até ingressou na faculdade, mas abandonou o curso depois de três anos.
Transferiu-se para São Paulo, indo estudar ciências sociais na Escola de Sociologia e Política e ali graduando-se em 1946. Depois, em 1949, entrou para o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da Funai), onde trabalharia até 1951. Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso (então um só estado) e da Amazônia, publicando as anotações feitas durante essas viagens. Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio (que dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu.
Na época, Darcy Ribeiro escreveu diversas obras de etnografia e defesa da causa indigenista, contribuindo com estudos para a Unesco e a Organização Internacional do Trabalho. Em 1955, organizou o primeiro curso de pós-graduação em antropologia, na Universidade do Brasil (Rio de Janeiro), onde lecionou etnologia até 1956.
No ano seguinte, passou a trabalhar no Ministério da Educação e Cultura. Lutou em defesa da escola pública e (junto com Anísio Teixeira) fundou a Universidade de Brasília (da qual seria reitor em 1962-3).
Em 1961, foi ministro da Educação no governo Jânio Quadros. Mais tarde, como chefe da Casa Civil no governo João Goulart, desempenhou papel relevante na elaboração das chamadas reformas de base. Com o golpe militar de 1964, Darcy Ribeiro teve os direitos políticos cassados e foi exilado.
Viveu então em vários países da América Latina, defendendo a reforma universitária. Foi professor na Universidade Oriental do Uruguai e assessorou os presidentes Allende (Chile) e Velasco Alvarado (Peru). Naquele período, Darcy Ribeiro redigiu grande parte de sua obra de maior fôlego: os estudos antropológicos da "Antropologia da Civilização", em seis volumes (o último, "O Povo Brasileiro", ele publicaria em 1995).
Em 1976, retornou para o Brasil, dedicando-se à educação pública. Quatro anos depois, foi anistiado, iniciando uma bem-sucedida carreira política. Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse cargo, trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep). Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada atuação.
Em 1992, passou a integrar a Academia Brasileira de Letras. Além da obra antropológica, Darcy Ribeiro publicou os romances "Maíra", "O Mulo", "Utopia Selvagem" e "Migo".
No último ano de vida, Darcy Ribeiro dedicou-se a organizar a Fundação Darcy Ribeiro, com sede na antiga residência em Copacabana (no Rio de Janeiro).
Vítima de câncer, Darcy Ribeiro morreu aos 74 anos.
Filho de farmacêutico e professora, Darcy Ribeiro mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de estudar medicina. Até ingressou na faculdade, mas abandonou o curso depois de três anos.
Transferiu-se para São Paulo, indo estudar ciências sociais na Escola de Sociologia e Política e ali graduando-se em 1946. Depois, em 1949, entrou para o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da Funai), onde trabalharia até 1951. Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso (então um só estado) e da Amazônia, publicando as anotações feitas durante essas viagens. Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio (que dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu.
Na época, Darcy Ribeiro escreveu diversas obras de etnografia e defesa da causa indigenista, contribuindo com estudos para a Unesco e a Organização Internacional do Trabalho. Em 1955, organizou o primeiro curso de pós-graduação em antropologia, na Universidade do Brasil (Rio de Janeiro), onde lecionou etnologia até 1956.
No ano seguinte, passou a trabalhar no Ministério da Educação e Cultura. Lutou em defesa da escola pública e (junto com Anísio Teixeira) fundou a Universidade de Brasília (da qual seria reitor em 1962-3).
Em 1961, foi ministro da Educação no governo Jânio Quadros. Mais tarde, como chefe da Casa Civil no governo João Goulart, desempenhou papel relevante na elaboração das chamadas reformas de base. Com o golpe militar de 1964, Darcy Ribeiro teve os direitos políticos cassados e foi exilado.
Viveu então em vários países da América Latina, defendendo a reforma universitária. Foi professor na Universidade Oriental do Uruguai e assessorou os presidentes Allende (Chile) e Velasco Alvarado (Peru). Naquele período, Darcy Ribeiro redigiu grande parte de sua obra de maior fôlego: os estudos antropológicos da "Antropologia da Civilização", em seis volumes (o último, "O Povo Brasileiro", ele publicaria em 1995).
Em 1976, retornou para o Brasil, dedicando-se à educação pública. Quatro anos depois, foi anistiado, iniciando uma bem-sucedida carreira política. Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse cargo, trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep). Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada atuação.
Em 1992, passou a integrar a Academia Brasileira de Letras. Além da obra antropológica, Darcy Ribeiro publicou os romances "Maíra", "O Mulo", "Utopia Selvagem" e "Migo".
No último ano de vida, Darcy Ribeiro dedicou-se a organizar a Fundação Darcy Ribeiro, com sede na antiga residência em Copacabana (no Rio de Janeiro).
Vítima de câncer, Darcy Ribeiro morreu aos 74 anos.
_Fonte: Uol Educação /
Biografias / Darcy Ribeiro
de Wikipédia: ↓
Em 1946,
forma-se em antropologia pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e
dedica seus primeiros anos de vida profissional ao estudo dos índios do
Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia (1946-1956).
Notabilizou-se
fundamentalmente por trabalhos desenvolvidos nas áreas de educação, sociologia e antropologia tendo
sido, ao lado do amigo a quem admirava Anísio Teixeira, um dos
responsáveis pela criação da Universidade de Brasília, elaborada no
início dos anos sessenta, ficando também na história desta instituição por ter
sido seu primeiro reitor. Também foi o idealizador da Universidade
Estadual do Norte Fluminense. Publicou vários livros, vários deles sobre os
povos indígenas.
Como muitos
outros intelectuais brasileiros, foi obrigado a se exilar durante a ditadura
militar brasileira, vivendo durante alguns anos no Uruguai.
Durante o
primeiro governo de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987),
Darcy Ribeiro criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de
Ensino Público (CIEP), um projeto pedagógico visionário e revolucionário no
Brasil de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades
recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos
projetos idealizados décadas antes por Anísio. Muito antes dos políticos de
direita incorporarem o discurso referente à importância da Educação para o
desenvolvimento brasileiro, Darcy e Brizola já
divulgavam estas ideias.
Nas
eleições de 1986, Darcy foi candidato ao governo fluminense pelo PDT concorrendo
com Fernando Gabeira (então filiado ao PT), Agnaldo
Timóteo (PDS) e Moreira Franco (PMDB).
Darcy foi derrotado, não conseguindo suplantar o favoritismo de Moreira que se
elegeu graças à popularidade do recém lançado Plano Cruzado. Darcy
Ribeiro também foi ministro-chefe da Casa Civil do presidente João
Goulart, vice-governador do Rio de Janeiro de 1983 a 1987 e exerceu o
mandato de senador pelo Rio de Janeiro, de 1991 até sua morte - anunciada por
um lento processo canceroso, que comoveu todo o Brasil em torno de sua figura:
Darcy, sempre polêmico e ardoroso defensor de suas ideias, teve em sua longa
agonia o reconhecimento e admiração até dos adversários.
Poucos anos
antes de falecer, publica O Povo Brasileiro,
obra na qual, dentre outras impressões, Ribeiro relativiza a suposta
ineficiência portuguesa.
Darcy
Ribeiro foi eleito em 8 de
outubro de 1992 para a cadeira 11, que tem por patrono Fagundes Varela, sendo recebido
a 15 de abril de 1993 por Cândido Mendes
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